Evento debate os rumos da agricultura globalizada e sustentável

Líderes mundiais, especialistas e representantes da cadeia produtiva agrícola participam nesta terça e quarta-feira (25 e 26) do evento Global Agribusiness Forum, em São Paulo. Al Gore, ganhador do Prêmio Nobel da Paz em 2007, ex-vice-presidente dos Estados Unidos e ativista ambiental, é o destaque internacional da programação. Antonio Carlos Guimarães, presidente para a América Latina da Syngenta, é um dos debatedores da palestra inaugural do encontro, Como alimentar o mundo em 2030, que será proferida por Henrique Meirelles, ex-presidente do Banco Central do Brasil.

A partir do tema Agricultura globalizada e sustentável, serão discutidas estratégias de longo prazo para assuntos como a necessidade de produzir mais alimentos em menos espaço, novas tecnologias, formas alternativas de financiamento, logística e o impacto das mudanças climáticas na agricultura praticada em todo o mundo. “A presença de Al Gore valoriza muito a discussão sobre como proporcionar segurança alimentar em um mundo cada vez mais populoso e concentrado em áreas urbanas. O desafio é obter maior produtividade ao mesmo tempo em que são equacionadas questões climáticas, como as secas mais frequentes, e de responsabilidade ambiental, como a racionalização da água e o atendimento de novas exigências regulatórias”, afirma Antonio Carlos.

Além de Al Gore, a representação estrangeira do Global Agribusiness inclui Lawrence Summers, ex-secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Bruce Babcock, diretor do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Agricultura da Universidade de Iowa (EUA), e John Pearce, pesquisador australiano reconhecido como uma das maiores autoridades mundiais em cana-de-açúcar e biocombustíveis. Kátia Abreu, senadora e presidente da CNA – Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil, Delfim Neto, economista e ex-ministro da Agricultura e da Fazenda, e Pedro Parente, presidente e CEO da Bunge, estão entre os palestrantes do Brasil.

A programação do congresso prevê ainda a elaboração de um documento, Consenso do Agronegócio, que será encaminhado a todos os chefes de Estado e CEOs de empresas globais envolvidas com a produção de alimentos e commodities agrícolas. “Esses agentes têm de se comprometer com a necessidade de realizar um novo salto tecnológico e organizacional que resulte no suprimento adequado de alimentos e de energia de modo sustentável. Sustentabilidade é a capacidade da humanidade de crescer sem destruir os recursos naturais. Ela só existe assim”, conclui Antonio Carlos.