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A Corteva anunciou nesta terça-feira (1/10) a separação de suas operações em duas empresas independentes e com ações negociadas em bolsa. A decisão, aprovada por unanimidade pelo conselho de administração, resultará na criação da “New Corteva”, focada em proteção de cultivos, e da “SpinCo”, especializada em sementes.
A operação será realizada por meio de cisão tributariamente isenta nos Estados Unidos. A conclusão está prevista para o segundo semestre de 2026. A empresa ainda aguarda aprovação final do conselho, parecer jurídico sobre aspectos fiscais e registro junto à Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC).
Com a separação, Greg Page, atual presidente do conselho da Corteva, assumirá o mesmo cargo na "New Corteva". Chuck Magro, atual CEO, comandará a "SpinCo". A composição completa das diretorias será anunciada posteriormente.
Foi informado ainda que passivos históricos ficarão sob responsabilidade da "New Corteva" (a referência foi expressa ao fundo de pensão da DuPont; e a substâncias perfluoroalquílicas e polifluoroalquílicas - PFAS).
Segundo Magro, a decisão visa fortalecer a posição de liderança da Corteva em dois mercados distintos. “As oportunidades para sementes e proteção de cultivos passaram a divergir. Agora é o momento certo para atuar de forma mais focada”, afirmou.
A New Corteva reunirá o portfólio de defensivos agrícolas da companhia. Com receita estimada de US$ 7,8 bilhões em 2025, a empresa representará 44% das vendas totais da Corteva. A nova companhia manterá foco em soluções diferenciadas, cadeia de suprimentos eficiente e tecnologias sustentáveis. Produtos biológicos, segmento que mais cresce na indústria, terão prioridade nos investimentos.
A SpinCo ficará com o negócio de sementes, incluindo a marca Pioneer. A previsão é atingir vendas de US$ 9,9 bilhões em 2025, ou 56% do faturamento atual da Corteva. A empresa investirá em genética avançada, biocombustíveis, edição genética e novos cultivos, como o trigo híbrido. Também buscará crescer por meio de licenciamento e aquisições estratégicas.
Ambas as companhias planejam obter grau de investimento e terão liberdade para direcionar capital a iniciativas próprias de crescimento orgânico e inorgânico.
A Corteva reforçou que poderá desistir ou modificar os termos da operação até sua conclusão.
A possibilidade da operação havia sido noticiada pela Revista Cultivar em: Corteva avalia separação de negócios de sementes e defensivos
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