Unidade da Embrapa avalia impacto socioeconômico e ambiental de sete tecnologias

A avaliação de impacto das tecnologias dão suporte ao conteúdo divulgado no Balanço Social da Empresa e também compõem 35% do peso da avaliação institucional das Unidades de Pesquisa

20.01.2023 | 13:55 (UTC -3)
Embrapa
A avaliação de impacto das tecnologias dão suporte ao conteúdo divulgado no Balanço Social da Empresa e também compõem 35% do peso da avaliação institucional das Unidades de Pesquisa; Foto: José Parfitt
A avaliação de impacto das tecnologias dão suporte ao conteúdo divulgado no Balanço Social da Empresa e também compõem 35% do peso da avaliação institucional das Unidades de Pesquisa; Foto: José Parfitt

Após aproximadamente sete meses de trabalho, no final de janeiro de 2023 será finalizada a avaliação de impacto socioeconômico e ambiental de algumas tecnologias trabalhadas pela Embrapa Clima Temperado, que nesta edição somam sete produtos. Destes, seis avaliações foram feitas pela equipe do Setor de Prospecção e Avaliação de Tecnologias (SPAT) ligado a Área de Transferência de Tecnologias, e uma está sendo conduzida pela unidade parceira Embrapa Gado de Leite/MG. A avaliação de tecnologias da Embrapa ocorre desde 2001.

“Este trabalho é muito importante porque é uma forma da Embrapa mostrar seu trabalho e também de prestar contas à sociedade; nestas avaliações pode-se visualizar os recursos que são colocados na Empresa de maneira a compreender o retorno econômico, a geração de oportunidades de empregos e a manutenção de famílias no setor produtivo através do desenvolvimento de tecnologias”, disse o analista do SPAT, Lírio José Reichert, responsável pela elaboração dos relatórios.

As avaliações são realizadas obrigatoriamente com número mínimo de quatro tecnologias ao ano, as quais precisam ter pelo menos três anos de adoção, com boa representatividade. “Todas as tecnologias avaliadas são base de informação para compor o Balanço Social anual da Embrapa como também compõem 35% do peso da avaliação institucional das Unidades de Pesquisa”, explicou.   

Ele comentou que as avaliações foram feitas através de visitas presenciais, quando houve possibilidade. Mas também aconteceram reuniões online, utilizando o Google Meet. "Para levantar os dados que compõem a avaliação das tecnologias, analisamos 27 critérios e 148 indicadores de avaliação, abrangendo as dimensões ambiental, social e econômica, além de recebermos feedback dos produtores”, explicou. Ele disse que para compor a avaliação de desenvolvimento institucional da tecnologia, que é realizada com a equipe geradora da tecnologia,  são levados em conta oito critérios e analisados 45 indicadores. “Fiz algumas viagens para compor esta avaliação me deslocando para Vargem Grande do Sul/SP e verificar o desempenho da cultivar de batata BRS F63 Camila; para Machado/MG e alguns municípios da Serra Gaúcha e conferir a cultura da amoreira-preta; para os municípios de Alegrete e Uruguaiana/RS e constatar a utilização da cultivar de arroz Pampa CL e o uso do sistema de sulco-camalhão; incluindo também, um giro pelo Estado do RS para resgatar informações sobre a adoção de citros sem sementes.  

No ano de 2022 foram avaliadas as tecnologias: cultivar de arroz irrigado Pampa CL, compartilhada com a Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia; a cultivar de batata BRS F63 Camila, compartilhada com Embrapa Hortaliças; o sistema sulco-camalhão; o cultivo de amora-preta; a produção de citros sem sementes; e o sistema de alerta da mosca-das-frutas do pessegueiro. A cultivar de capim-elefante BRS Kurumi terá seu relatório feito pela Embrapa Gado de Leite. 

Produção de Citros Sem Sementes

Durante duas décadas de trabalho a Embrapa e seus parceiros vêm disponibilizando com sucesso produtos e tecnologias para a cadeia produtiva de citros - laranja, bergamota e limão - visando a sustentabilidade social e econômica da produção. Os produtores estão produzindo frutas cítricas sem sementes e com qualidade diferenciada para mercados consumidores do Brasil e do exterior, havendo enorme possibilidade de consolidação e de expansão dessa atividade. O trabalho foi iniciado nos anos 2000, sendo introduzidos cerca de 30 materiais até o momento.  “Hoje, a produção se estendeu para a região da Campanha e norte do Estado, que conta com cerca de cinco mil hectares”, destacou Lírio.

A avaliação de impacto da tecnologia junto aos seus beneficiários foi realizada presencial, onde foram entrevistados os viveiristas e citricultores no Rio Grande do Sul. A rota da viagem passou pelos municípios de Rosário do Sul, Tenente Portela, Crissiumal, Aratiba, Erechim e Montenegro. O pesquisador Rafael Gastal Porto acompanhou a viagem e foi o responsável pela elaboração do relatório.

As novas cultivares de citros sem sementes e sistemas de cultivo a elas adaptados, embora requeiram, em termos médios, um custo de produção 15% superior ao da produção convencional, foram compensadas pela produtividade 5% maior e, principalmente, pelo maior preço de venda dos frutos, que foi em torno de 60% superior ao das cultivares tradicionais, quando comercializadas in natura, em função da agregação de valor. 

Cultivo da amoreira-preta

A produção de amoras-pretas no Brasil se confunde com a história da Embrapa e da UD. A pesquisa com amora-preta teve início em Pelotas, em 1972, na Estação Experimental de Pelotas - EEP, com objetivo principal de oferecer novas opções de cultivo aos pequenos produtores. Este começo se deu com a introdução de uma pequena coleção de cultivares americanas, doadas pela Universidade de Arkansas (EUA). O trabalho de melhoramento genético deu origem à primeira cultivar lançada pela Embrapa, a Ébano, em 1981. Depois disso, o programa de melhoramento foi crescendo, de modo que oito cultivares foram lançadas e uma já registrada no MAPA até o momento  na seguinte ordem: a cultivar Negrita em 1983; as cultivares Guarani e Tupy em 1989; a cultivar Caingangue, em 1992; BRS Xavante, em 2004; BRS Xingu, em 2015; a BRS Cainguá, em 2018; e a BRS Ticuna, apresentada ao final de 2022, e que será lançada oficialmente em 2023.

A instalação da primeira coleção de plantas oriundas da Embrapa Clima Temperado foi feita na Estação Experimental da Epamig em Caldas/MG. Desse trabalho de pesquisa resultou a primeira tese de doutorado sobre amoreira-preta no Brasil (Antunes, 1999), que gerou uma série de contribuições científicas que permitiram a expansão da cultura no Sul de Minas Gerais. As Estações de pesquisas da Embrapa Uva e Vinho localizada em Vacaria/RS e de Canoinhas/SC desempenharam papéis importantes neste processo contribuindo de forma pontual para a expansão da cultura nos Estados de Minas Gerais, São Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

A cultura da amoreira-preta tem se destacado no aspecto econômico porque é produzida em pequenas áreas, onde pomares adultos produzem em torno de 15 a 20 t/ha. Pelo preço de comercialização (em média R$ 6,00 / kg), gera-se uma renda bruta de aproximadamente cem mil reais por hectare, um valor bastante significativo. Pelos levantamentos realizados, o investimento está ao redor de 60 mil por hectare, com um plantio de 6.666 plantas por hectare e uma produção de 1,5 kg por planta. “No primeiro ano se tira o investimento empregado na área de produção, e se consegue valores de retorno superiores à cultura da uva bordô, por exemplo'', disse Lírio Reichert.

Conforme ele, a amora-preta tem esse crescimento porque há um mercado comprador garantido; a produção é fomentada pelas prefeituras municipais e pelas empresas compradoras da fruta que oferecem apoio à compra de mudas de qualidade, preparo de solo e maquinários. “A qualidade da fruta e a alta produtividade propiciaram um preço diferenciado, possibilitando ganhos de até cinco vezes acima ao de outros cultivos. A cultura da amoreira-preta também se  destaca no aspecto social, pois a cada hectare de produção foi possível gerar dez empregos, sendo voltada a agricultura familiar, onde em cada 0,5 ha de produção foi transformado em cerca de  50 mil reais”, contou. No município de Monte Alegre dos Campos/RS são 126 famílias que produzem amora-preta. “No município de  Machado/MG o governo municipal incentiva a produção ao introduzir na merenda escolar o consumo da fruta, através de sucos e geleias”, completou. 

A área projetada de amora no Brasil neste estudo foi de 1.025 hectares, sendo o Rio Grande do Sul o maior produtor, com 484 hectares. No entanto, como não existem dados oficiais estima-se que a área seja muito maior uma vez que novas áreas surgem a partir de mudas comercializadas pelos viveiristas licenciados.

Batata BRS F63 (Camila)

A cultivar BRS F63 (Camila) foi desenvolvida pelo Programa de Melhoramento Genético de Batata da Embrapa, por meio de cruzamento realizado ainda em 2006, com seleções feitas a campo já em 2008. Após vários anos de pesquisa, e vencidas todas as etapas de experimentos internos, validações nas regiões de produção e cumprimento de exigências normativas do MAPA e da Embrapa, a mesma foi lançada oficialmente em 2015. Ela foi desenvolvida pelas Unidades Embrapa Clima Temperado e Embrapa Hortaliças, e apresenta excelente desempenho em todos os extratos de produtores e segmentos avaliados (produtores, técnicos e empresas produtoras de sementes). É uma cultivar que além da elevada produtividade e atrativa aparência, agrega boa aptidão culinária, atendendo aos interesses dos consumidores e até dos mais renomados chefs de cozinha para a montagem de pratos gourmet.

“Esta cultivar é o maior sucesso da história dos programas nacionais de melhoramento de batata, sendo a primeira cultivar a ser amplamente cultivada e aceita pelo agronegócio da batata nas diferentes regiões produtoras do país e também pelos consumidores, graças à elevada produtividade, aparência atrativa e qualidade culinária”, fala Lírio. Os volumes de sementes produzidos e ofertados pelos licenciados já são bem expressivos, sinalizando uma tendência de aumento exponencial para os próximos anos. Isso ajuda a fortalecer ainda mais a marca Embrapa no setor produtivo de batata.

O aumento na produção, também trará reflexos importantes na economia do país, pois o Brasil ainda é altamente dependente de sementes importadas para a formação de lavouras. Com o avanço de uma cultivar desenvolvida aqui no Brasil, os laboratórios e empresas produtoras de sementes irão atender boa parte deste mercado de sementes, o que irá diminuir os gastos com a importação desses materiais. Este aumento já alcança em torno de 6,0% da semente oficial comercializada no Brasil. A área estimada de plantio é de 5.421 hectares, o que representa 4,7% da área plantada no Brasil. Ganha o país e ganham os produtores e instituições envolvidas nesta cadeia produtiva. “Ela oportuniza  a geração de seis empregos a cada hectare plantado”, destacou Lírio.

A região visitada para a realização da avaliação da Camila foi a região de Vargem Grande do Sul, no estado de São Paulo, que planta cerca de 11 mil hectares de batata. Naquela região um dos licenciados mantém um representante, vendendo sementes da Camila e de outras cultivares da Embrapa. Somente um produtor plantou neste ano de 2022 uma área de 170 hectares, sendo 130 para consumo e 40 para sementes. 

Destaca-se em 2022 a venda de cinco mil toneladas de batata Camila produzidas na região de Vargem Grande do Sul para uma Indústria processadora de batata pré-frita congelada, e segundo seus diretores, a resposta foi muito positiva. 

Sistema sulco-camalhão em terras baixas

O sistema sulco-camalhão consiste na estruturação da lavoura para a irrigação por sulco. Após a suavização do solo, obtém-se grande benefício em drenagem, com o cultivo sobre os camalhões formados entre os sulcos de irrigação. Esta tecnologia tem se mostrado muito eficiente na drenagem superficial do solo, inclusive em áreas sistematizadas sem declive, onde não existe um gradiente para escoamento superficial da água. O principal requisito para a irrigação por sulco é que o terreno disponha de declividade definida em um determinado sentido, seja uniforme ou variada. Para irrigações mais uniformes e eficientes, a declividade deve variar de 0,05% a 0,40%, sendo que valores intermediários, entre 0,10% e 0,30%, são os mais indicados.

A tecnologia possibilitou que na última safra de grãos, onde o Estado vivenciou um longo período de estiagem, a obtenção de uma produtividade na soja em áreas de várzea de 41 sacas por hectare, enquanto que o sulco-camalhão foi de 77 sacas por hectare. No Estado do RS a produtividade foi de apenas 24 sacas por hectare. Já a produtividade do milho, saiu de 57 sacas por hectare, saltando para 170 sacas por hectare.  “Esses resultados dão uma diferença de 88% para a soja e quase 200% para o milho entre o sistema convencional e o sistema sulco-camalhão, além de ter ampliado a área de produção”, disse o analista do SPAT, Lírio José Reichert, responsável pela elaboração dos relatórios.

Segundo ele, os resultados da tecnologia sulco-camalhão apontam para um impacto positivo elevado muito em função dos indicadores da geração de renda, segurança alimentar, qualidade do solo e da água, que foram os que apresentaram os maiores índices de avaliação. “A tecnologia demonstrou desempenho técnico, econômico, ambiental e social altamente positivos, demonstrando que o sistema mostrou-se totalmente viável para as condições de produção de soja e milho em rotação com a cultura do arroz em terras baixas”, definiu.

A cadeia produtiva da soja em rotação ao arroz irrigado em terras baixas do RS é uma grande geradora de empregos diretos e indiretos. “Os diretos são gerados no campo e os indiretos nos silos, armazéns, transportes e processamento, que são etapas posteriores à colheita. Com as novas tecnologias desenvolvidas nos últimos anos, houve melhor eficiência do uso de mão de obra no campo. São máquinas com mais tecnologias associadas, o que exige mais qualificação e treinamento da mão de obra, mas, em contrapartida, implicam em trabalho mais leve e seguro ao empregado”, explicou. O cálculo para a geração de empregos oportunizados pela nova tecnologia, levou-se em consideração que, em média, a cada 35 hectares cultivados, gera-se um novo emprego, levando- se em conta a produção no campo e nos elos da cadeia. Em média, são cerca de 80% dos empregos gerados na forma direta e de 20% de forma indireta. Com uma área estimada de 45.600 mil hectares já foram gerados 1.303 novos empregos na safra 2021/22.

Sistema de Alerta da mosca-das-frutas do pessegueiro

O Sistema de Alerta (SA) é um serviço gratuito e de acesso disponível aos persicultores da Metade Sul do RS, que foi iniciado na safra 2010/2011 pela Unidade de Pesquisas na região de Pelotas, denominado de “Sistema de Alerta para monitoramento da mosca-das-frutas”, que faz parte de uma ação gerencial, onde são agrupadas um conjunto de estratégias para manejo do inseto-praga nos pomares de pêssego. O objetivo de estruturação deste Serviço partiu, após o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), ter realizado a retirada de produtos químicos da grade permitida, para uso de controle de inseto-pragas, e com isso, a dificuldade em se realizar o controle.

“Com o uso desta tecnologia foi possível reduzir a perda de frutas que chegava na indústria  com danos causados pela mosca que era em torno de 7 a 10% e que foi reduzindo ao longo do anos, chegando a 2%”, lembrou Lírio. Na avaliação do analista, a tecnologia do SA apresenta dimensões de avaliação de impacto econômico, ambiental e social, tendo grande ênfase na avaliação de impacto ambiental pela utilização de produtos não contaminantes dos frutos. De acordo com o pesquisador Dori Edson Nava, responsável pela implantação e monitoramento do Sistema de Alerta, com a adoção da prática, o produtor de pêssego passa a não utilizar somente produtos recomendados e de acordo com a necessidade. Com isso, o produtor produz uma fruta de melhor qualidade e sanidade, beneficiando não somente o consumidor, mas também o meio ambiente.

O serviço é oferecido para os produtores da região de Pelotas, formada pelos municípios de Pelotas, Canguçu, Morro Redondo, Piratini e Cerrito.

A tecnologia usou estrategicamente o componente da Comunicação como grande aliada na articulação com o público de interesse para proposição de manejos adequados nos pomares. O projeto abarca uma rede de 950 produtores de pessegueiro, onde todos recebem o boletim semanal via grupos de whatsapp organizado pelas empresas processadoras da fruta com informações da presença da mosca e como exercer o manejo. Em média são elaborados 16 a 18 boletins com início em agosto e finalização em dezembro.

Uma equipe percorre as seis estações do SA, definidas por serem propriedades representativas da região abrangida, e faz o registro da população de adultos de mosca-das-frutas e colhe informações por parte do produtor a respeito das práticas de manejo realizadas no pomar durante a semana. De forma geral, a avaliação da estação do SA compreende: 1) instalação e manutenção de armadilhas; 2)contagem de insetos; 3) troca do atrativo alimentar; e 4) anotação de dados em planilhas de controle. De acordo com a captura de adultos da mosca-das-frutas, são realizadas as recomendações de controle.

Cultivar de arroz BRS Pampa CL

A cultivar BRS Pampa CL foi desenvolvida pelo método de retrocruzamentos com uso da BRS Pampa como parental recorrente e da PUITÁ INTA-CL como parental doador do gene de tolerância a herbicidas do grupo químico da imidazolinonas, com uso da BRS Pampa. Assim a nova cultivar possui  tolerância ao herbicida agregado devido às boas características agronômicas da cultivar da cultivar BRS Pampa. Em 2017/2018, três dessas linhagens foram avaliadas em ensaios de Valor de Cultivo e Uso (VCU) no Estado do Rio Grande do Sul (RS). Esses ensaios foram compostos por 12 linhagens e 2 cultivares como testemunhas, BRS Pampa e PUITÁ INTA-CL.

“Esta é uma tecnologia de grande expressão, tendo somente três anos de lançamento ao atingir de acordo com dados do IRGA, na última safra foram plantados 91.226 hectares da cultivar Pampa CL representando quase 10% da área do RS”, informou Lírio.

No entanto, o pesquisador em melhoramento genético do arroz Ariano Magalhães Jr., informa que pelas quantidades de sementes produzidas pelos campos de multiplicação e comercializadas pelos licenciados, na safra 2021/22 a participação da cultivar BRS Pampa CL foi de 13% do total cultivado no RS, podendo ter alcançado 120.511 hectares calculada em função da quantidade de sementes comercializadas. De acordo com o IRGA, a área total semeada com arroz na safra 2021/2022, foi de 927.010 hectares, taxa de sementes média das últimas safras, informada pela ABRAEM de 58% e uma densidade média de semeadura de 85 kg/ha. Pelos dados coletados, percebe-se o forte crescimento da cultivar BRS Pampa CL com uma participação muito expressiva tanto na área cultivada quanto na produção.

Os impactos da cultivar possuem interação com as dimensões econômicas e sociais. “A BRS Pampa CL além de alta produtividade, consegue de três a quatro reais a mais na saca de 50k”, responde Lírio. No relatório é possível encontrar que as razões para o alcance de sua eficiência tecnológica estão por conta da redução do consumo de água, por ser uma cultivar de ciclo precoce e também por responder bem,  mesmo com volumes de água mais baixos.

“A qualidade do solo em função do manejo rotacionado com o cultivo da soja, foi outro indicador com desempenho muito positivo, pois a cultivar apresenta elevada produtividade neste sistema de produção. Na avaliação econômica, também se obteve índices elevados em todas as entrevistas realizadas em relação à qualidade dos grãos, porque segundo os produtores, foi possível comercializar o arroz com um preço adicional,  sendo classificado pela indústria como arroz premium”, considerou Lírio.

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