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As estimativas do USDA para as safras americanas movimentaram os mercados globais nesta semana. A soja registrou corte de 1,2 milhão de toneladas em relação a julho. A projeção caiu para 116,8 milhões de toneladas. Em 2024, os EUA colheram 118,8 milhões. O mercado esperava estabilidade ou leve aumento.
A notícia impulsionou as cotações da soja em Chicago. A oleaginosa voltou a operar acima de US$ 10 por bushel. O movimento foi reforçado por um dólar em queda no Brasil e compras especulativas na bolsa. Mesmo com promessa de aumento das importações chinesas pelos EUA, a China mantém compras robustas do Brasil.
No Brasil, 70,6% da safra de soja já foi negociada. A média histórica para o período é de 75%. Estima-se que restem 50 milhões de toneladas para comercialização. A Secex registrou 2,77 milhões de toneladas embarcadas nos primeiros seis dias de agosto. No acumulado do ano, já são 80 milhões de toneladas, contra 77,4 milhões em 2024. O farelo também bateu recorde com 15,1 milhões de toneladas embarcadas.
O milho americano surpreendeu com produção estimada em 425,3 milhões de toneladas, contra 398,9 milhões em julho. A lavoura segue com 72% em boas ou excelentes condições. É a maior estimativa já registrada. Mesmo com o avanço, o consumo global segue maior, com projeção de 1,289 bilhão de toneladas. A produção será de 1,288 bilhão.
No Brasil, 88% da segunda safra de milho já foi colhida. A média histórica é de 95%. Apenas 53% foi comercializado. Mato Grosso já colheu 98% da produção, com previsão de mais de 55 milhões de toneladas. As exportações começaram a acelerar. Nos primeiros seis dias de agosto, foram embarcadas 1,76 milhão de toneladas. Em 2024, no mesmo mês, foram 6,06 milhões. A expectativa é superar esse volume.
O trigo americano frustrou expectativas. O mercado previa corte na estimativa do USDA, que foi mantida. O trigo de primavera apresenta 49% das lavouras entre boas e excelentes, abaixo dos 72% do ano anterior. A produção global caiu levemente para 806,9 milhões de toneladas. O consumo estimado é de 809,5 milhões. A oferta continua abaixo da demanda.
No Brasil, o trigo segue estável. Preços giram em R$ 1.300 por tonelada no Rio Grande do Sul, R$ 1.450 no Paraná e pouco acima de R$ 1.500 nos estados centrais. A demanda em julho foi fraca. Os moinhos esperam recuperação em agosto.
O algodão americano apresenta leve atraso no desenvolvimento. Apenas 65% das lavouras formaram maçãs. No ano passado, eram 72%. O USDA reduziu a classificação de lavouras boas ou excelentes para 53%. A média ideal seria entre 65% e 75%.
No Brasil, a colheita avança. Parte dos produtores entrega contratos, mas muitos seguram posições aguardando melhora nos preços.
A área de sorgo nos EUA aumentou para 2,67 milhões de hectares. A produção deve chegar a 10,6 milhões de toneladas. A exportação pode bater 6,1 milhões, mais que o dobro das 2,6 milhões do ano passado. A China, maior compradora, não importou nada dos EUA nos últimos quatro meses. Segue priorizando o sorgo brasileiro, que colheu mais de 90% da safra. A produção pode superar 6 milhões de toneladas, novo recorde.
O arroz mantém estabilidade. Julho foi fraco em vendas. As indústrias aguardam reposição do varejo. No RS, os preços do arroz em casca variam de R$ 66,00 a R$ 71,72 na fronteira oeste. No litoral, de R$ 70,00 a R$ 78,00. Tocantins e Bahia registram até R$ 80,00.
O varejo vende o pacote entre R$ 15,00 e R$ 35,00. Promoções abaixo de R$ 15,00 ainda ocorrem. A exportação segue firme. Em agosto, já foram embarcadas 28,3 mil toneladas no RS. No acumulado do ano, o arroz em casca atingiu 337,7 mil toneladas, frente a 195 mil em 2024.
O feijão permanece com oferta elevada. A cotação do feijão comum varia entre R$ 180 e R$ 200. O nobre vai de R$ 205 a R$ 230. Minas Gerais e Goiás relatam perdas por mosca branca. A terceira safra foi prejudicada. A demanda doméstica segue firme, mas o excesso de produto limita altas. O feijão carioca e o preto registram preços nominais de R$ 120 a R$ 130, com lotes nobres entre R$ 140 e R$ 150.
O consumo segue aquecido com o inverno. As exportações de feijão preto avançam. A expectativa é de menor oferta no fim do ano. Produtores devem reduzir a área da primeira safra, priorizando a soja.
Por Vlamir Brandalizze - @brandalizzeconsulting
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