GreenLight estreia no Brasil com Fortivance, solução contra pragas
Tecnologia exclusiva maximiza inseticidas e contribui para sustentabilidade
A formiga-de-fogo (Solenopsis invicta) constrói túneis subterrâneos entre formigueiros vizinhos. A estrutura facilita o movimento de operárias e reprodutores, mesmo após ataques com inseticidas. Estudo conduzido na China revelou que 45% dos pares de ninhos examinados mantinham entre um e onze túneis de conexão.
Os pesquisadores escavaram 80 pares de ninhos em quatro regiões agrícolas da província de Zhejiang. Em quase todos os casos em que havia túneis, encontraram formigas vivas em atividade. Os túneis tinham até 1,5 cm de diâmetro e localizavam-se de 1 a 3 cm abaixo do solo, embora alguns atingissem 12 cm de profundidade.
Esses túneis não são simples canais. Eles conectam efetivamente duas colônias e, em muitos casos, abrigam tanto operárias quanto indivíduos alados, responsáveis pela reprodução.
A construção de túneis depende do tipo de solo, da cobertura vegetal e da estrutura social da colônia. Formigas de colônias com múltiplas rainhas (poligínicas) constroem túneis com mais frequência. Entre os pares de ninhos pertencentes a essas colônias, 52,4% estavam conectados. Já nas colônias com apenas uma rainha (monogínicas), esse índice caiu para 17,6%.
Ninhos instalados em solos argilosos, franco-arenosos ou com vegetação densa apresentaram mais túneis. Locais com cobertura vegetal acima de 50% favoreceram a escavação. A presença de raízes, umidade e sombreamento cria um microambiente mais propício para o esforço construtivo. Em contraste, solos arenosos ou pedregosos, com baixa coesão, apresentaram menos conexões subterrâneas.
Outro fator relevante é o tamanho dos ninhos. Ninhos menores, muitas vezes sem montículo visível, apresentaram maior probabilidade de conexão com vizinhos. Esses pequenos formigueiros podem representar novos pontos de expansão da colônia.
Os túneis inter-ninhos têm comprimento médio de 27,7 cm, valor semelhante ao das trilhas de forrageamento escavadas por formigas solitárias. A comparação indica que a construção desses túneis não exige esforço adicional significativo para as colônias. Em ambientes com solo adequado e vegetação densa, a escavação subterrânea é uma estratégia viável e vantajosa.
Apesar da semelhança, os túneis interligam colônias, não apenas pontos de coleta de alimento. Em muitos casos, formam estruturas paralelas, criando uma rede interna que facilita a troca de indivíduos e recursos.
Os pesquisadores também testaram se os túneis ajudam na realocação das colônias após aplicação de inseticidas. Em 95 ninhos tratados, apenas um manteve conexão subterrânea com o ninho original após a mudança. Isso indica que a escavação de novos túneis durante a fuga é rara.
A maioria das novas colônias surgiu em até sete dias após o tratamento. Porém, os túneis interligando ninhos já existentes podem dificultar o sucesso das medidas de controle, permitindo que as formigas escapem rapidamente para áreas conectadas.
Outras informações em doi.org/10.3390/insects16080835
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