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A Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa) intensificou as atividades de inspeção com o objetivo de evitar que a praga quarentenária Amaranthus palmeri chegue a Goiás. Ela já foi detectada em áreas cultivadas de Mato Grosso e mais recentemente do Mato Grosso do Sul, com possibilidade real de ser introduzida no Estado, principalmente por meio da movimentação de equipamentos agrícolas que vão de um Estado a outro e podem transportar sementes da planta.
O Amaranthus palmeri, também conhecido como caruru, é capaz de causar danos e prejuízos a lavouras de soja, de milho e algodão, reduzindo a produtividade das lavouras. Seu hábito de crescimento é agressivo e se propaga rapidamente pela expressiva produção de sementes, culminando com grande competitividade com as culturas comerciais por luz, água e nutrientes, devido ao rápido crescimento. O manejo e controle da praga é difícil, inclusive porque ela apresenta resistência a diversos tipos de herbicidas.
No Estado de Goiás ainda não há caso conhecido de infestação do Amaranthus. E para evitar que chegue, a Agrodefesa, com orientação e apoio do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), elaborou e está implementando um amplo trabalho de levantamento fitossanitário de detecção da planta, além de intensificar as inspeções em propriedades rurais e de máquinas agrícolas provenientes principalmente de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.
O presidente da Agência, José Essado, ressalta que há um esforço concentrado da Gerência de Sanidade Vegetal, por meio das coordenações dos programas de Soja e Algodão, com ações continuadas de inspeção pelos fiscais estaduais agropecuários. “O foco principal são áreas produtivas dos municípios goianos que fazem divisa com os estados do Mato Groso e Mato Grosso do Sul, além da inspeção de máquinas agrícolas provenientes dos Estados vizinhos. Mas as medidas são válidas para todo o território goiano”, enfatiza o presidente.
A gerente de Sanidade Vegetal, Daniela Rézio e Silva, explica que na execução dos trabalhos, os fiscais seguem critérios e procedimentos recomendados para evitar a introdução do Amaranthus palmeri no Estado. No caso de inspeção em propriedades, são consideradas principalmente aquelas que têm histórico de importação de máquinas agrícolas dos Estados Unidos e da Argentina; propriedades com fluxo de máquinas provenientes dos Estados com ocorrência confirmada de focos da praga.
Também há observância da proximidade com municípios em que já foi constatada a existência da praga, como Campos de Júlio, Campo Novo dos Parecis, Ipiranga do Norte, Guiratinga, Itiquira, Primavera do Leste, Sapezal e Tapurah (Mato Grosso) e Aral Moreira e Naviraí (Mato Grosso do Sul). Também são inspecionadas propriedades com relatos de presença de plantas do gênero Amaranthus (quaisquer espécies) que apresentam resistência a herbicidas.
Os fiscais devem considerar também outros critérios como o registro em documentos individuais de todas as atividades realizadas nas propriedades (incluindo anotação das coordenadas geográficas que permitam a elaboração de mapas) para ações de controle; em casos suspeitos de ocorrência da praga, também é recomendada a coleta de amostras para envio aos laboratórios oficiais ou credenciados pelo Mapa (incluindo planta inteira, galhos e inflorescências) para análise.
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