Relançada no Congresso a Frente Parlamentar da Bioeconomia

Objetivo de sua criação é debater políticas públicas para consolidar o Brasil como líder e referência mundial no assunto

05.05.2023 | 15:08 (UTC -3)
Embrapa

Impulsionar a participação da economia de baixo carbono na matriz produtiva brasileira é a meta da Frente Parlamentar Mista pela Inovação na Bioeconomia (FPBioeconomia), relançada na quarta-feira (03/05) no Salão Nobre do Congresso Nacional. Ela será presidida pelo deputado Evair de Melo (PP-ES) e conta com o apoio da Associação Brasileira de Bioinovação (ABBI). O objetivo de sua criação é debater políticas públicas para consolidar o Brasil como líder e referência mundial no assunto.

Ao lado de representantes do setor privado,Governo Federal, academia e sociedade, o chefe-geral da Embrapa Agroenergia, Alexandre Alonso, participou da cerimônia representando a presidente da Empresa, Silvia Massruhá.

“A bioeconomia é uma grande oportunidade para o País, que a tem aproveitado desde a década de 1970, momento em que tomou a decisão de transformar sua agricultura por meio da ciência - quando criou a Embrapa há 50 anos, completados na última semana”, declarou Alonso.

Em seu discurso, Alonso afirmou que nossa agricultura passa por uma nova onda de sustentabilidade, e não tem dúvidas, continuará a ser o motor da bioeconomia nacional, juntamente a nossa enorme e rica  biodiversidade.

Para ele, a biotecnologia juntamente com a bioinovação, representada na Frente pela ABBI, permitirá que exploremos de forma consciente e sustentável nossa biodiversidade, ao mesmo tempo em que permitirá que produzamos, com mínima pegada de carbono, cada vez mais biomassa por unidade de área e de tempo, permitindo ao país se reindustrializar de forma verde, a partir do desenvolvimento novas agro e bioindústrias. 

Segundo ele, foi a partir desse investimento em ciência e tecnologia na agricultura que o País produziu biomassa em quantidade e qualidade para atender às próprias demandas. Alonso lembrou ainda que o Brasil tomou a decisão de implementar um programa robusto de biocombustíveis, que agora está sendo renovado pelo Renovabio. “Foi nesse momento que o País passou a efetivamente estar inserido na bioeconomia, produzindo alimentos, fibras e bioenergia em quantidade e qualidade, não somente para atender às nossas demandas internas, como passou a ser um grande exportador, tornando a biotecnologia uma realidade no País”, continuou. 

Para o gestor, o futuro do desenvolvimento da bioeconomia passa invariavelmente pela agricultura e a ciência. “A Embrapa está pronta para seguir desenvolvendo novas e inovadoras tecnologias, de modo que o País possa continuar desenvolvendo a bioeconomia e ser elevado efetivamente à condição de grande potência da economia verde”, finalizou.

O presidente executivo da ABBI, Thiago Falda, que participa desde o início dos trabalhos da frente, disse que a motivação da criação é cada vez mais evidente. Mundialmente, as agendas das principais economias estão se adequando e a bioeconomia surge com soluções viáveis para fazer uma mudança de paradigma industrial e seguir com um crescimento econômico sustentável. “As vantagens comparativas do Brasil permitem que a bioeconomia seja o primeiro salto industrial que o País pode dar”, declarou Falda aos representantes dos diversos setores presentes no evento. 

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