Avaliação da eficiência de inseticidas no controle do bicudo-do-algodoeiro em 2023
Por Guilherme Gomes Rolim e Jacob Crosariol Netto (Instituto Mato-Grossense do Algodão); e Karolayne Lopes Campos (UFRPE)
O milho é uma cultura crucial para a agricultura brasileira e ocupa uma posição de destaque entre as atividades agropecuárias. No entanto, em 2023, a produção foi marcada por altos e baixos, o que nos faz refletir sobre as melhores práticas para alcançar bons índices de produtividade e rentabilidade, como vivenciados na primeira safra do ano passado, nesta etapa de plantio do milho safrinha.
Dos desafios vivenciados no ano passado, sem sombra de dúvidas, as mudanças climáticas representaram - e continuam representando - um desafio crescente para os produtores rurais. A variabilidade das chuvas e a ocorrência de eventos climáticos extremos exigem estratégias de manejo adaptáveis e resilientes.
Neste sentido, a adubação nitrogenada, especialmente, precisa ser adequada desde o início do ciclo do milho, período em que ocorre mais precipitação. Por este motivo, é recomendado a aplicação de nitrogênio antecipada, até no máximo V2 ou V3 (subdivisões dos estádios vegetativos).
Esse manejo tem sido realizado para que seja possível disponibilizar o nitrogênio para a planta apropriadamente no estádio V4, que é um momento crucial para a definição do potencial produtivo. Dessa forma, é indispensável a presença do nitrogênio no solo para a nutrição adequada da planta e a maximização do parâmetro citado.
Pensando nos cultivos de segunda safra, esse manejo pode ser ainda mais necessário, uma vez que as chuvas são mais escassas e irregulares nesse período. Nessa situação, se a aplicação for feita em V4 pode ser que não haja umidade suficiente no solo para disponibilizar nitrogênio e (ainda mais se a fonte for ureia) pode haver perdas significativas do nutriente por volatilização, diminuindo drasticamente a eficiência da adubação. Já no milho verão é possível esperar até V4 para fazer a aplicação de nitrogênio, uma vez que o volume de precipitação tende a ser maior e mais constante. Porém, mesmo com condições favoráveis, a garantia de eficiência pode ser maior com a antecipação da aplicação.
Já, no que se refere aos danos advindos de estresse, sejam hídricos ou térmicos, as aplicações foliares devem ser realizadas com micronutrientes, como o manganês, o cobre e o zinco, que atuam como cofatores (ativadores) de enzimas antioxidantes. Essas enzimas, por sua vez, atuam na eliminação das espécies reativas de oxigênio (EROs) que são moléculas oxidantes que degradam as células vegetais, prejudicando o metabolismo e a resistência da planta. Com o metabolismo prejudicado a planta se torna mais suscetível à estresses bióticos e abióticos, por isso a ação dessas enzimas é primordial para manter a integridade das células. Ou seja, micronutrientes são fundamentais para que a planta possa passar por períodos de estresse minimizando os impactos negativos.
O fato é que o milho demanda um manejo nutricional preciso e eficiente para suprir suas necessidades específicas em cada fase do ciclo. O uso de produtos biológicos e a adubação NPK adequada são aspectos importantes a serem considerados. Dentre as melhores práticas, recomendo:
1- Nutrição estratégica:
● Antecipar a adubação nitrogenada para V2 ou V3, maximizando a absorção do nutriente pelas plantas.
● Aplicar micronutrientes via foliar para minimizar os impactos de estresses abióticos.
● Utilizar produtos biológicos como o Azospirillum para promover a fixação de nitrogênio e o crescimento radicular.
● Adotar a adubação NPK de acordo com as necessidades específicas do solo e do cultivo, considerando o potencial produtivo desejado.
2- Manejo do solo:
● Realizar o preparo do solo em condições adequadas, evitando compactação e otimizando a semeadura.
● Adotar práticas conservacionistas como a rotação de culturas e a cobertura do solo para melhorar a qualidade e a fertilidade do solo a longo prazo.
3 - Planejamento e acompanhamento:
● Buscar o suporte de profissionais técnicos para auxiliar na tomada de decisões e na implementação de boas práticas agrícolas.
● Investir em tecnologias de monitoramento e análise do solo para otimizar o manejo da nutrição das plantas.
● Buscar conhecimento e atualização constante sobre as melhores práticas de manejo do milho
Em linhas gerais, o sucesso na produção do milho depende da adoção de um manejo integrado, que combine práticas agrícolas adequadas com o conhecimento técnico especializado.
*Por Eduardo Zavaschi, especialista em milho da Agroadvance, parceira da Orbia
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