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A ZF anunciou a nacionalização da Unidade de Controle Eletrônico (ECU) para sistemas de freio de veículos comerciais. A iniciativa marca um passo pioneiro na produção local de componentes eletrônicos de segurança, ampliando o índice de nacionalização exigido por montadoras e implementadoras no Brasil.
Segundo a companhia, o módulo produzido no país reúne funções de segurança e conforto, como controle eletrônico de estabilidade (ESC), assistente de partida em rampa (HSA), controle de tração (ATC) e sistema de freio antitravamento (ABS). O ESC é destaque, já que se tornará obrigatório em caminhões, ônibus e implementos rodoviários fabricados no Brasil a partir de janeiro de 2025.
Dados de 2024 da Confederação Nacional do Transporte (CNT) apontam que a saída de pista esteve entre as principais causas de tombamentos e capotamentos envolvendo veículos comerciais. Para a ZF, tecnologias como o ESC são fundamentais para reduzir acidentes e aumentar a segurança nas estradas.
“Essas soluções têm papel crucial para ajudar a reduzir índices de sinistros e promover um transporte mais seguro”, afirma Caio Fattori (na foto), gerente de Gestão de Produto da ZF América do Sul.
De acordo com a empresa, a produção local da ECU traz vantagens diretas às montadoras, como maior competitividade, previsibilidade logística, redução de custos de homologação e maior conteúdo nacional nos veículos. A nacionalização ainda reforça a estratégia da ZF de ampliar seu portfólio de soluções inteligentes, que vão além dos sistemas puramente mecânicos.
O projeto segue o mesmo padrão de hardware e software já utilizado pela companhia na Europa, permitindo uma integração plug-and-play e mantendo as especificações globais. A decisão, segundo a empresa, abre caminho para a ampliação do uso de eletrônica embarcada no segmento de veículos comerciais no Brasil.
A fabricação ocorre na unidade de Limeira (SP), única no Brasil dedicada à produção de componentes eletrônicos de segurança para o setor automotivo. Desde 2013, a planta já produziu mais de 8 milhões de módulos para sistemas de freio, direção e airbags.
Com a chegada da ECU de veículos comerciais, a fábrica recebeu novos equipamentos automatizados e testadores de performance com rastreabilidade total, atendendo a padrões internacionais de qualidade. O processo foi homologado pela Comissão Econômica das Nações Unidas para a Europa (Unice), recebendo a certificação internacional E1, que habilita a unidade a exportar para mercados da Europa, Estados Unidos e Ásia.
“O reconhecimento internacional reforça a capacidade de nossos colaboradores e a qualidade de processos da planta, que em muitos casos supera padrões globais”, destaca Plínio Casante, head da Divisão de Eletrônicos da ZF América do Sul.
Para a ZF, a nacionalização da ECU representa um movimento estratégico de longo prazo. Além de fortalecer a cadeia automotiva nacional, a companhia acredita que a produção local abre caminho para novas nacionalizações de componentes eletrônicos, acompanhando a evolução dos veículos comerciais, cada vez mais digitais, conectados e controlados por softwares.
“A operação em Limeira está preparada para nacionalizar outras soluções que demandam eletrônica embarcada, fortalecendo a competitividade da indústria automotiva no Brasil”, conclui Fattori.
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