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Cientistas de várias universidades publicaram artigo sobre detecções de Amrasca biguttula em plantações comerciais de algodão no sudeste dos Estados Unidos. A identificação ocorreu durante a safra de 2025, com registros confirmados em mais de 100 condados de quatro estados: Alabama, Flórida, Geórgia e Carolina do Sul. (Na Carolina do Norte a detecção ocorreu nas últimas semanas, clique aqui.)
Nativo do subcontinente indiano, o inseto já causou perdas de até 40% na produção de algodão em sua região de origem. A praga também ataca quiabo, berinjela, batata, girassol, hibisco e diversas leguminosas. A rápida propagação nos Estados Unidos preocupa pesquisadores, que apontam risco de impacto econômico significativo.
O primeiro registro oficial em algodão ocorreu em 3 de julho de 2025, no condado de Gilchrist, Flórida. Em menos de quatro semanas, a praga se espalhou por mais de 645 km até o ponto mais ao norte. A infestação provocou sintomas como clorose, necrose, queda de folhas e, em casos severos, desfolha completa das plantas.
A área média de algodão cultivada nos estados afetados gira em torno de 979 mil hectares por ano, com valor estimado entre US$ 1,7 bilhão e US$ 2,8 bilhões. Mesmo perdas modestas podem comprometer a rentabilidade da cultura. O inseto apresenta várias gerações por ano e pode sobreviver em diferentes hospedeiros, incluindo plantas ornamentais.
A praga já havia sido detectada em Porto Rico em 2023. Em 2024, foi identificada em 16 condados da Flórida. Em 2025, foi confirmada em lavouras comerciais e experimentais, com populações compostas por adultos e ninfas. Especialistas alertam para a possibilidade de o inseto estar presente antes da detecção oficial, devido ao pequeno porte e semelhança com espécies nativas.
Amrasca biguttula pode completar um ciclo em duas semanas, o que explica a rapidez na manifestação dos danos. Condições climáticas do sudeste dos EUA favorecem o desenvolvimento e a permanência da espécie. Estudos indicam alta probabilidade de estabelecimento permanente da praga, com potencial dispersão para outras regiões por ventos de longa distância, como já ocorre com a cigarrinha-da-batata.
Casos de resistência a inseticidas foram registrados em países como Paquistão e Índia, incluindo resistência a piretroides, organofosforados e neonicotinóides. Ainda não há estratégias definidas de controle nos Estados Unidos.
Outras informações em doi.org/10.3390/insects16090966
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