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Representantes dos Estados Unidos e da China seguem reunidos na Espanha. Ainda não há definição sobre novos acordos. O mercado internacional permanece atento à política monetária dos EUA. A expectativa de queda dos juros fortalece importações e dá suporte às cotações em Chicago.
Nos EUA, a safra de soja avança. Cerca de 41% das lavouras estão em maturação. A colheita alcançou 5% da área. O USDA estima produção de 17,1 milhões de toneladas, abaixo das 18,8 milhões do ano passado. A qualidade segue estável: 63% das lavouras são boas ou excelentes.
No Brasil, a soja registra recordes. A Secretaria de Comércio Exterior (Secex) informa que nas duas primeiras semanas de setembro foram embarcadas 2,7 milhões de toneladas. O acumulado do ano soma 89,3 milhões de toneladas. O complexo soja (grão, farelo e óleo) já exportou 108,3 milhões de toneladas em 2025, superando as 104,5 milhões de 2024.
Mesmo com recordes, a comercialização da soja anda devagar. O mercado mostra queda nos preços. A Conab elevou a estimativa da safra para 171,5 milhões de toneladas. Ainda há grande volume a ser negociado. O preço nos portos varia entre R$ 141 e R$ 143.
A safra americana de milho também avança. Cerca de 85% das lavouras estão na fase de enchimento de grãos. A colheita alcançou 7%. A produção estimada passa de 427 milhões de toneladas.
No Brasil, já foram embarcadas 3 milhões de toneladas de milho em setembro. O acumulado de 2025 é de 18,8 milhões. A Conab elevou a estimativa da segunda safra para 112 milhões de toneladas. A comercialização da safrinha está em torno de 62 milhões de toneladas. Ainda restam cerca de 52 milhões para negociar.
No algodão, os EUA colheram 9% da área. A qualidade caiu para 52% boa ou excelente. No Brasil, a colheita avança e praticamente se encerrou. A safra é cheia, mas o mercado segue acomodado. A China, principal importadora, também tem safra satisfatória.
O sorgo brasileiro ganha protagonismo. A produção prevista pela Conab é de 6,1 milhões de toneladas. A área plantada cresceu para 1,63 milhão de hectares. O Brasil pode se tornar o segundo maior produtor mundial. A busca por sementes para o novo plantio já começou.
No trigo, a colheita avança no Paraná e no Rio Grande do Sul. A produção estimada é de 7,5 milhões de toneladas, abaixo dos 7,8 milhões previstos anteriormente. A queda se deve à redução da área plantada. O mercado interno enfrenta baixa, sem apoio governamental. O trigo importado segue competitivo, com 4,89 milhões de toneladas já desembarcadas em 2025.
O arroz brasileiro também enfrenta dificuldades. A Conab revisou a estimativa para quase 13 milhões de toneladas. O consumo interno é de 11 milhões. As exportações perderam ritmo. O mercado voltou a trabalhar abaixo de R$ 60,00. O plantio começou no Sul e avança para o Centro-Oeste, mas a área deve cair.
O feijão carioca nobre reage. Os preços subiram para até R$ 260,00 a saca. O mercado mostra pouca oferta e aumento na demanda. O feijão preto ainda enfrenta grandes estoques, mas já há sinais de recuperação nos preços. O consumo segue firme no varejo, com promoções nas gôndolas. Produtores demonstram pouco interesse em plantar a primeira safra.
Por Vlamir Brandalizze - @brandalizzeconsulting
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