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Verticillium dahliae invadiu vasos de tomate e silenciou a rede de proteção microbiana da planta. Pesquisadores da Universidade de Colônia revelaram que o fungo secreta Av2, pequeno efetor de 73 aminoácidos, que inibe o crescimento de espécies de Pseudomonas antagonistas e facilita a colonização fúngica.
A equipe gerou mutante sem Av2. O patógeno perdeu força. Plantas infectadas exibiram menor estresse, registraram biomassa fúngica reduzida e ganharam 30% de área foliar em comparação ao tomate exposto ao isolado selvagem.
Sequenciamento do microbioma do caule mostrou a chave do fenômeno. Sem Av2, a abundância de Pseudomonas spp. saltou de 20% para 50% no consórcio bacteriano interno. A diversidade caiu, sinal de que o grupo protetor dominou o nicho e bloqueou a progressão da doença.
Testes em placa confirmaram o duelo bioquímico. Av2, em concentração de 8 µM, conteve completamente quatro espécies do gênero — P. laurentiana, P. plecoglossicida, P. crudilactis, P. vancouverensis. Outros onze isolados continuaram a crescer, sugerindo resistência evolutiva em dois clados distintos de Pseudomonas.
O fungo também lucrou fora da planta. Em sistema gnotobiótico, Av2 não alterou a doença quando o solo permanecia estéril. O ganho de virulência somente emergiu após reintrodução de 10% de solo não esterilizado, reforçando o papel da proteína no controle remoto da microbiota.
Av2 traz assinatura evolutiva curiosa. Homólogos aparecem em espécies de Fusarium, e análise indica transferência horizontal. Mesmo assim, a mudança de um único aminoácido — V73E — não modificou a potência antimicrobiana, nem a percepção pelo gene de resistência V2 em cultivares de tomate.
Qual o cenário no campo? Verticílio dahliae ainda persiste em solos de rotação curta e explora a lentidão da formação de áreas supressivas. Ao bloquear o “grito de socorro” químico emitido pelas raízes, ele evita que Pseudomonas spp. acumulem-se e formem legados protetores para safras futuras.
A descoberta amplia a visão de uma guerra invisível travada no rizoplano. Se microrganismos benéficos podem evoluir resistência a Av2, programas de biocontrole podem explorar cepas imunes e reduzir a dependência de fungicidas. O estudo também sugere monitoramento de variantes de Av2 no solo para prever surtos de murcha.
Mais informações em doi.org/10.1101/2025.06.09.658588
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