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O crescimento da produção agrícola em Santa Catarina tem superado a capacidade de armazenagem de grãos no estado. Entre 2020 e 2025, a produção total subiu 19%, chegando a 7,38 milhões de toneladas, enquanto a capacidade de estocagem avançou apenas 5,1%. O descompasso resultou em um déficit superior a 800 mil toneladas em 2025, especialmente crítico para o milho, essencial para a indústria de proteína animal.
Segundo a Epagri/Cepa, o déficit de armazenagem de milho ultrapassa 5,5 milhões de toneladas, agravando a dependência de importações de outras regiões do Brasil e do exterior. Cooperativas, como a Cooperalfa, recorrem a soluções emergenciais, como o uso de silos bolsa, mas os custos elevados e as limitações de armazenamento preocupam. A falta de infraestrutura força produtores a vender antecipadamente, muitas vezes com preços abaixo do ideal.
O boletim agropecuário de junho também destaca o impacto da safra recorde sobre os preços do arroz, que seguem em queda, e a previsão de recuo na produção de trigo, afetada pelo frio e pelo plantio lento. Já o milho teve alta produtividade, mas enfrenta desvalorização no mercado. A soja apresentou leve recuperação de preço em junho, após queda em maio.
Nas frutas, o excesso de oferta derrubou os preços da banana e da maçã, enquanto o alho e a cebola registraram forte valorização. Para a próxima safra, a expectativa é de aumento na produção de ambas. No setor de carnes, o preço do boi gordo recuou, mas permanece 27,5% acima do registrado em 2024.
Diante do cenário, lideranças do agro catarinense reforçam a urgência de investimentos em armazenagem para acompanhar o avanço da produção e garantir a competitividade do estado.
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