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A Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja MT) manifestou preocupação com o avanço do endividamento rural no estado e em todo o Brasil. Segundo a entidade, a combinação de queda nos preços das commodities, aumento recorde dos custos por hectare, crédito restrito e juros elevados tem pressionado as finanças dos produtores.
Em Mato Grosso, o chamado “Efeito Tesoura” – quando as receitas caem, mas os custos seguem altos – se intensificou. O valor médio da saca de soja, que chegou a R$ 191,50 em 2022, está hoje abaixo de R$ 110 em diversas regiões. Ao mesmo tempo, o custo médio por hectare ultrapassa R$ 7.100, exigindo uma produtividade mínima de 62 sacas apenas para cobrir os gastos de produção.
Além disso, a Aprosoja MT destaca o aumento dos pedidos de recuperação judicial por parte de agricultores e reclama de dificuldades de acesso ao crédito, agravadas por medidas como o aumento do IOF e a tributação de LCAs. O volume de crédito rural destinado ao estado teve queda de 27,6% em comparação com o ciclo anterior.
Entre as soluções defendidas pela entidade estão a securitização das dívidas, criação de linhas emergenciais com juros compatíveis, revisão do modelo de barter, implementação de mecanismos de sustentação de preços e revisão de encargos financeiros. A Aprosoja MT também cobra o cumprimento do Manual de Crédito Rural por parte das instituições financeiras e a formulação de políticas públicas mais adequadas à nova realidade do setor.
A associação reforça que os produtores não querem inadimplir, mas buscam condições para continuar produzindo, investindo e gerando empregos. Segundo a entidade, a falta de ações rápidas e estruturantes pode comprometer a produção agrícola, a geração de renda e a economia de centenas de municípios mato-grossenses.
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