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O mel produzido no Vale do Paraíba agora tem um diferencial reconhecido oficialmente. Em agosto deste ano, a região conquistou a Indicação Geográfica (IG) para o produto, tornando-se a 10ª do estado de São Paulo a obter esse selo de qualidade. O reconhecimento abrange 35 municípios e promete fortalecer ainda mais a apicultura e a meliponicultura locais.
“Mais que uma certificação, é uma conquista coletiva que reflete o esforço de toda a cadeia produtiva e consolida o mel da nossa região como um patrimônio de qualidade, tradição e orgulho para todos os produtores”, destacou a produtora Vanilda Santos, presidente da Câmara Setorial dos Produtos Apícolas do Estado de São Paulo e responsável pela fazenda Monte Benedicti.
Com mais de 20 anos de experiência, Vanilda vem da agricultura familiar e se tornou referência na atividade, produzindo em média 3,5 toneladas de mel por ano. A produtora reforça o compromisso com a sustentabilidade e a preservação das abelhas, fundamentais para o equilíbrio dos ecossistemas.
Outro exemplo da força da apicultura regional é o Apiário Brasil, empreendimento de Antônio Carlos Dionísio e seu pai, Otávio Dionísio. A família mantém três apiários e uma loja de venda direta de produtos apícolas. Antônio se prepara para obter o Sisp Artesanal, concedido pela Defesa Agropecuária, além da certificação que será emitida pela Associação Nutrir, responsável pela gestão do IG do mel do Vale do Paraíba.
A conquista da Indicação Geográfica contou com o apoio da Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo (SAA), por meio da Cati Regional de Pindamonhangaba e da Defesa Agropecuária. O processo começou em 2013, com o reconhecimento do Arranjo Produtivo Local (APL), hoje denominado Cadeia Produtiva Local (CPL).
A Defesa Agropecuária, órgão ligado à SAA, desempenha papel fundamental na cadeia do mel ao garantir a inspeção sanitária e a qualidade dos produtos. Entre suas atribuições estão a fiscalização da sanidade das colmeias, a segurança alimentar e o estímulo à busca por selos de inspeção que valorizam a produção artesanal.
São Paulo é hoje o maior mercado consumidor de produtos apícolas do Brasil e ocupa a quarta posição entre os estados produtores. São pouco mais de cinco mil propriedades voltadas à apicultura e meliponicultura, responsáveis por cerca de 5,4 mil toneladas de mel ao ano.
Além da produção, a pesquisa científica também tem papel estratégico no setor. Desde 2006, estudos alertam para o declínio das populações de abelhas e os impactos desse fenômeno sobre os ecossistemas. Nesse contexto, o Instituto Biológico (IB-Apta)
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