Trigo: inicia fase mais sensível da cultura no RS

22.08.2009 | 20:59 (UTC -3)

As chuvas que ocorreram nos últimos períodos foram novamente abundantes e atingiram todas as regiões do Rio Grande do Sul, melhorando o armazenamento dos reservatórios e a vazão dos cursos d’água. A safra de trigo evolui satisfatoriamente.

De acordo com o Informativo Conjuntural da Emater/RS-Ascar, se para o solo as condições são benéficas para a implantação das culturas de verão (milho e feijão, por exemplo) e para as pastagens em geral, para o trigo, as temperaturas amenas e a alta umidade tende a aumentar a incidência de doenças fúngicas, fazendo com que os produtores redobrem seus esforços no controle dessas moléstias.

Apesar da inconstância nas condições meteorológicas, a safra de

trigo

evolui de maneira satisfatória. Nesta semana, a cultura atinge 7% em floração, com os restantes 93% em fase de perfilhamento (desenvolvimento vegetativo). Na comparação com anos anteriores, segue o atraso de seis pontos percentuais. De agora em diante, os produtores de trigo gaúchos devem ficar atentos às oscilações do tempo, pois a maioria das lavouras entrará nas fases críticas de floração e formação de grão, redobrando a atenção no controle de doenças e pragas.

Apesar da melhora das condições da maioria das barragens destinadas à irrigação do

arroz

, em parte da Fronteira Oeste e Campanha ainda se observam reservatórios com níveis aquém do desejado. Por ora, os produtores de arroz seguem os preparativos para o início do plantio, promovendo a limpeza de canais e a sistematização dos quadros.

Com as chuvas dando condições adequadas de umidade, os produtores de

milho

das Missões, Fronteira Noroeste, Alto Médio Uruguai começam a semear a safra 2009/2010. Considerando-se os anos anteriores, o Estado deveria contar com cerca de 10% da área destinada ao milho já semeada. Esse percentual, no momento, é mera suposição, uma vez que a área a ser plantada nesta safra ainda é uma incógnita (em termos absolutos estima-se que 24 mil ha estejam semeados). A germinação evolui bem nas áreas já semeadas, embora algumas necessitem de temperatura um pouco mais elevada.

O levantamento quanto à intenção de plantio do milho, tem apontado, em todas as regiões produtoras, uma tendência à diminuição em relação ao ano passado. Todavia, ao que tudo indica, essa redução deverá ser menor do que tem sido especulado até aqui (algumas chegam a 50%). Apesar do desestimulo em relação aos preços praticados, o milho ainda é muito cultivado na média e pequena propriedade, onde sua integração com a produção de leite, suínos e aves assume importância fundamental. Isso, ao longo dos últimos anos, tem freado, em parte, grandes oscilações na área cultivada entre uma safra e outra.

Pêssego

- É intensa a poda de inverno nos locais de maior altitude dos Campos de Cima da Serra. Nos demais, a prática está se encaminhando para a conclusão. Alguns pomares de variedades precoces situados em locais mais altos e desprotegidos foram afetados pela geada, induzindo ao abortamento de flores. Produtores de pêssegos da Zona Sul estão preocupados com a possibilidade de menor absorção das quantidades de produção pelas agroindústrias.

Uva

- A segunda quinzena de agosto é a época em que a poda seca, tradicionalmente, chega ao auge. É a prática de maior ocupação de mão-de-obra na viticultura na Serra. Com o período bastante favorável, outras atividades são realizadas, como a renovação da estrutura dos palanques, aramados, rabichos, esticamento dos arames, sistematização do terreno e o manejo das plantas de cobertura do solo.

Adriane Bertoglio Rodrigues

Assessoria de Imprensa da Emater/RS-Ascar

51-2125-3104 /

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