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A cadeia produtiva do tabaco apresenta um dos melhores índices de sucessão familiar no campo, em contraste com a realidade da agricultura brasileira. De acordo com pesquisa conduzida pelo Cepa/UFRGS em 2023, 68,2% dos produtores de tabaco da Região Sul afirmam já ter sucessor definido na família — percentual bem superior à média nacional.
Os resultados foram apresentados hoje (26/9), durante reunião da Subcomissão de Defesa do Setor do Tabaco e Acompanhamento da COP 11, realizada na Câmara de Vereadores de Candelária (RS). O encontro reuniu lideranças políticas, entidades representativas e produtores rurais.
Segundo o presidente do SindiTabaco, Valmor Thesing, que apresentou os dados, a cultura do tabaco tem maior capacidade de retenção de sucessores devido à rentabilidade da atividade e ao modelo de produção integrada. “Enquanto no país apenas 30% das propriedades chegam à segunda geração e apenas 5% ultrapassam a terceira, no tabaco temos índices bem mais elevados, o que garante continuidade e renda para milhares de famílias”, destacou.
Além de demonstrar mais estabilidade na sucessão, a pesquisa apontou que 41,8% dos jovens que pretendem permanecer nas propriedades devem seguir cultivando tabaco, enquanto 24,2% não continuarão na atividade e 34,1% ainda não têm definição. Outro dado que chama atenção é a renda: quase 80% dos produtores de tabaco estão inseridos nos estratos sociais A e B, muito acima da média nacional.
Apesar do bom desempenho, o setor acompanha com preocupação os desdobramentos da Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco (CQCT). Thesing alertou que medidas internacionais sem adequação à realidade brasileira podem comprometer a competitividade, em um cenário de crescente avanço de países concorrentes, muitos deles com forte subsídio governamental.
A reunião em Candelária fez parte de uma série de encontros regionais promovidos pela subcomissão da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul. Os debates resultarão em um relatório que deve subsidiar ações institucionais e negociações sobre o setor do tabaco no Brasil.
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