Seminário do programa Mais Água, Mais Renda em Horizontina/RS mostra benefícios da irrigação

05.03.2014 | 20:59 (UTC -3)

O secretário estadual da Agricultura do RS, Luiz Fernando Mainardi, deu exemplos concretos dos benefícios da irrigação para agropecuária, durante a abertura do seminário sobre o programa Mais Água, Mais Renda, na última sexta-feira (28), em Horizontina, na Fronteira Noroeste do Estado.

As áreas irrigadas funcionam como uma espécie de seguro agrícola, pelo fato de que o produtor não precisa depender das oscilações climáticas para produzir; ainda mais no Rio Grande do Sul, que seguidamente passa por estiagens. Também, porque o sistema permite levar água e outros nutrientes às plantas na medida e momento em que elas precisam. Em culturas como o milho, exemplificou Mainardi, há possibilidade de duplicar ou até triplicar a produtividade.

No Estado, fora o arroz, apenas 3% das lavouras são irrigadas. Quando visitou Israel, cuja média de chuva anual gira em torno de 50 milímetros, Mainardi ficou impressionado com a tecnologia de irrigação por gotejamento.

Em Horizontina, que será sede da colheita oficial do milho, no ano que vem, um produtor contou que financiou equipamento via Mais Água, Mais Renda nesses moldes. A previsão dele era colher em torno de 250 a 280 sacas por hectare, quando a média sem irrigação e sem falta de chuva não passa de 150 sacas por hectare.

O secretário, que acompanhou o governador Tarso Genro em outras agendas pela cidade, lembrou que o programa começou a ser pensado e estruturado a partir do Conselhão, o Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES) ainda no inicio de 2011.

Cerca de 20 entidades participaram dos debates que levaram à formatação do Mais Água, Mais Renda. Atualmente, existem pelo menos 3 mil solicitações de projetos à Secretaria da Agricultura.

Subvencionado pelo governo, o programa paga a primeira e a última parcelas do financiamento. O pequeno agricultor pode utilizar o Pronaf; o médio, o Pronamp e outros produtores, o Moderinfra, Finame e PSI, todos eles linhas de crédito oferecidas pelo Governo Federal com juros anuais que não passam de 4,5%.

Sobre esse tema, Mainardi disse que nunca o país financiou tanto a agricultura como nos últimos 12 anos. De um orçamento de R$ 16 bilhões em 2002, o Governo Federal fechou 2013 ofertando R$ 160 bilhões, sendo R$ 25 bi só para a agricultura familiar.

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