Culturas de grãos se encaminham para o final do ciclo sem maiores perdas no RS

28.02.2014 | 20:59 (UTC -3)

Beneficiada pelas recentes chuvas e com apenas 17% das lavouras para entrar na fase de formação de grãos, a safra de milho está praticamente definida, sem a perspectiva de ocorrência de maiores prejuízos para a cultura. Embora possam acontecer perdas pontuais, na média geral a produtividade se mantém dentro do esperado, com a expectativa de uma boa safra, de acordo com o Informativo Conjuntural divulgado pela da Emater/RS-Ascar nessa quinta-feira (27/02). As oscilações climáticas ocorridas durante o ciclo da cultura do milho implicaram também em variações no potencial produtivo, o que dificultou o acompanhamento da produção e deve atrasar um pouco a sua quantificação em relação a outros anos.

A situação das lavouras de soja não difere muito das áreas cultivadas com milho, com a oleaginosa tendo grande variação em seu potencial produtivo em virtude das condições climáticas adversas registradas em determinados períodos. Com exceção de alguns casos pontuais e isolados em que foram registradas perdas, a perspectiva é de uma safra dentro das estimativas iniciais, que apontam para uma produção de 12,7 milhões de toneladas. No momento, a cultura entra em fase de maturação e tem 3% da lavoura em condições de colheita, o que deve acontecer nos próximos dias. Durante a semana, a saca de 60 kg teve aumento de 1,42% no preço pago ao produtor, que recebeu R$ 64,85 pelo produto.

A colheita do feijão já se aproxima do final, restando apenas algumas áreas na região da Serra para a primeira safra ser finalizada. Os produtores continuam ofertando bons volumes do produto da colheita da 1ª safra, mantendo pequena tendência de queda de preço no mercado. A cotação média nesta semana, no Rio Grande do Sul, foi de R$ 132,30 a saca de 60 kg do feijão preto, caindo mais 1,20% em relação à anterior. A safrinha, que já está sendo semeada, mantém a tradição de ocupar cerca de 30% da área da primeira safra. A germinação e o desenvolvimento são normais, pois as condições de solo e clima são boas para cultura no momento, conforme informações da Emater/RS-Ascar.

Os produtores de leite estão com uma expectativa positiva em relação aos preços que receberão pela produção de fevereiro. Eles esperam que os valores se mantenham, aguardando pequena alta a partir de março, porque em importantes estados produtores do cenário nacional, como Minas Gerais, Goiás e São Paulo, houve uma redução de 10% em relação à expectativa inicial de produção no pico da safra, causada pelo forte calor e estiagem.

As chuvas dos últimos dias têm contribuído para a melhoria das pastagens nativas e cultivadas no Rio Grande do Sul, assim como das lavouras de milho destinadas para a produção de silagem. Mesmo com o forte calor que ocorreu na primeira quinzena de fevereiro, nas diversas regiões do Estado, a produção de leite, de maneira geral, tem se mantido nos patamares esperados para esta época do ano. A redução das temperaturas e a presença de chuvas bem distribuídas indicam a manutenção ou aumento dos atuais índices de produtividade da atividade leiteira.

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