Comissão da Câmara aprova projeto que muda cálculo do ITR
Proposta proíbe uso de base do IPTU para cobrança do imposto rural
Com 96% da área colhida até o final de agosto, a safra brasileira de café em 2025 deve alcançar 55,2 milhões de sacas beneficiadas. O número representa alta de 1,8% em relação ao volume de 2024. Os dados foram divulgados pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
A produção cresce apesar da bienalidade negativa, efeito natural que reduz o rendimento das lavouras em anos alternados. O principal fator de alta foi o ganho de 3% na produtividade média nacional, que passou de 28,8 para 29,7 sacas por hectare. Em 2024, mesmo sendo ano de bienalidade positiva, o clima prejudicou as lavouras em várias regiões produtoras.
A área em produção caiu 1,2% e está estimada em 1,86 milhão de hectares. Em contrapartida, a área em formação aumentou 11,9%, somando 395,8 mil hectares. A área total da cafeicultura em 2025, somando lavouras em produção e em formação, chega a 2,25 milhões de hectares, avanço de 0,9% sobre o ano anterior.
O café arábica deverá responder por 35,2 milhões de sacas, queda de 11,2% frente à safra passada. A retração decorre do ciclo de baixa bienalidade e da redução na área em produção. Minas Gerais segue como principal produtor, com 1,38 milhão de hectares, o que representa 75,2% da área nacional de arábica. No estado, a produção deve chegar a 24,7 milhões de sacas, redução de 10,8%. A seca prolongada antes da floração agravou a queda.
Já o conilon mostra desempenho oposto. A estimativa é de 20,1 milhões de sacas beneficiadas, aumento de 37,2% na comparação anual. A boa regularidade climática durante as fases críticas das lavouras favoreceu o florescimento e a formação de frutos, sobretudo no Espírito Santo. O estado representa 69% da produção nacional de conilon e deve colher 13,8 milhões de sacas, 40,3% a mais que em 2024.
Na Bahia, a produção total de café (arábica e conilon) está projetada em 4,1 milhões de sacas, avanço de 33,5%. O crescimento é puxado por novas lavouras irrigadas com alta produtividade, principalmente no litoral e no Cerrado baiano. O conilon baiano, que responde por 72% da produção estadual, cresce 51,2%, chegando a 2,95 milhões de sacas. Já o arábica sobe 2,4%, alcançando 1,1 milhão de sacas.
Rondônia também deve ampliar a produção. A estimativa é de 2,3 milhões de sacas em 2025, aumento de 10,4% sobre o ciclo anterior.
Receba por e-mail as últimas notícias sobre agricultura