Receita do tabaco cresce mais de R$ 2,3 bilhões em um ano

Dados da Afubra indicam que a safra 2024/25 atingiu uma receita total de R$ 24,3 bi, 16,15% maior do que o ciclo anterior

22.09.2025 | 14:24 (UTC -3)
SindiTabaco
Foto: Felipe Krause
Foto: Felipe Krause

Dados divulgados pela Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra) revelam que, mesmo diante de um cenário de crescente diversificação nas propriedades rurais, o tabaco continua exercendo um papel central na geração de renda das famílias produtoras da Região Sul do Brasil. Entre as safras 2023/2024 e 2024/2025, a receita obtida com o cultivo de tabaco cresceu mais de R$ 2,3 bilhões, reafirmando sua importância econômica.

Segundo o levantamento, a safra 2024/2025 atingiu uma receita total de R$ 24,3 bilhões, um aumento de 16,15% em relação ao ciclo anterior. Desse montante, R$ 14,17 bilhões vieram exclusivamente da produção de tabaco — o que representa 58,3% da renda total das propriedades. Na safra anterior, a cultura já respondia por 56,3% da renda, com receita de R$ 11,78 bilhões.

“Com uma cadeia produtiva consolidada e demanda estável no mercado externo, a cultura segue sendo um pilar econômico para milhares de pequenos produtores”, avalia o presidente do SindiTabaco, Valmor Thesing (na foto acima).

Atratividade econômica do setor

A análise também mostra um crescimento na receita gerada por outras culturas agrícolas, que passaram de R$ 3,83 bilhões (2023/24) para R$ 5,5 bilhões (2024/25) — um salto de 43,85%. Em termos de participação na renda das propriedades, essas culturas cresceram de 18,3% para 22,7%.

Por outro lado, a produção animal e os produtos granjeiros tiveram um recuo importante. A receita caiu de R$ 5,32 bilhões para R$ 4,63 bilhões, o que reduziu sua participação na renda das propriedades de 25,4% para 19,1%. “O movimento pode indicar um reposicionamento dos produtores frente aos custos e à rentabilidade do setor pecuário”, avalia Thesing.

Outro dado que chama atenção é o aumento no número de famílias produtoras, de 133 mil para 138 mil, o que representa um crescimento de 3,76% e pode estar ligado à atratividade econômica do setor.

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