Ubyfol reforça o cooperativismo em Santa Catarina
Durante o Dia de Campo Coopercampos, que será realizado de 26 a 28 de fevereiro, empresa levará sua tecnologia aos produtores
O programa de melhoramento genético de batata-doce da Embrapa deu mais alguns passos no sentido de oferecer novas cultivares para a cadeia produtiva da hortaliça. Exemplos desses avanços são os primeiros resultados considerados bastante promissores e que vêm sendo apresentados pelos clones de batata-doce de polpa roxa, ora em processo de avaliação e validação em áreas produtoras do Núcleo Rural de Tabatinga (DF), de Estiva (MG), de Uruana (GO), Canoinhas (SC), Petrolina (PE) e na Embrapa Hortaliças (Brasília, DF).
São as primeiras cultivares de polpa roxa desenvolvidas no âmbito do Projeto de Melhoramento de Batata-Doce para as Regiões Tropicais e Semitropicais do Brasil – o MelhorDoce, que teve início em 2016 com objetivos bem definidos: disponibilizar cultivares de batata-doce para diferentes regiões do País com características de boa produtividade, precocidade, aparência, formato, resistência às principais pragas e doenças, boa aceitação pelo mercado e pelo consumidor.
Só que durante os primeiros cruzamentos, outro desafio foi agregado aos já existentes: desenvolver cultivares de polpa roxa, uma demanda identificada nos pedidos via Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC) e durante contatos de pesquisadores com produtores e processadores desse tipo de batata-doce.
Com base nesse contexto, buscou-se no Banco Ativo de Germoplasma de Batata-Doce da Embrapa Hortaliças acessos com características agronômicas desejáveis de polpa roxa. Após a seleção desses clones, seguiram-se as etapas de avaliação e seleção dos clones considerados mais promissores.
“Fizemos a avaliação e escolhemos os cinco melhores clones, considerando as características de produtividade, precocidade, aparência, formato da raiz, cor e qualidade da polpa, resistência a principais pragas e doenças, e estamos comparando os respectivos desempenhos em relação a duas de nossas cultivares que já estão no mercado”, informa o pesquisador Geovani Amaro.
Segundo o pesquisador, a avaliação do comportamento dos clones perante outras cultivares que “atuam” como testemunhas serve de padrão comparativo. “Se o nosso clone produziu menos que a testemunha, vamos reavaliar o processo, que pode incluir a introdução de outros clones ou de outras técnicas de manejo, a exemplo da irrigação, adubação ou locais”, observa o pesquisador, que chama a atenção para o que considera “ponto ganho, mas com o jogo ainda no começo”.
“Se os nossos clones produzirem muito acima das testemunhas, pelo menos com relação a esse quesito teremos sido melhores, mas a validação implica em outros parâmetros, nos quais os nossos clones também devem combinar características como precocidade, resistência, sabor e formato aceitos pelo mercado”, sublinha Amaro, para quem, mesmo com bons resultados, é recomendável uma segunda avaliação para maior segurança.
Além de produtores interessados em produzir cultivares de batata-doce com polpa roxa, outro gênero de demanda foi identificado durante esse período. De acordo com Amaro, a agroindústria também tem demonstrado interesse em cultivares de polpa roxa e aí, para atender a esse segmento, a perspectiva é de que os clones selecionados também sejam validados para o processamento agroindustrial.
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