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A maioria dos produtores de milho dos Estados Unidos avalia que a economia agrícola já enfrenta uma crise ou está prestes a entrar em colapso. O dado consta de uma pesquisa da Associação Nacional dos Produtores de Milho (NCGA).
O levantamento, realizado com 1.034 agricultores entre 28 de agosto e 10 de setembro, mostrou que 80% enxergam risco de crise no setor. Quase metade (46%) declarou acreditar que o país se encontra à beira de um colapso agrícola. Outros 65% disseram que a situação financeira de suas fazendas piorou em relação ao ano passado.
Os resultados foram apresentados em uma mesa-redonda em Washington, organizada pela NCGA, com participação de economistas e parlamentares. O presidente da entidade, Kenneth Hartman Jr., destacou a urgência do tema. “É um incêndio de quatro alarmes no campo. Precisamos que o Congresso atue rápido para remover barreiras de mercado”, afirmou.
A NCGA defendeu a aprovação do projeto Nationwide Consumer and Fuel Retailer Choice Act of 2025, que liberaria a venda de combustíveis com 15% de etanol (E15) durante todo o ano. Atualmente, a Lei do Ar Limpo restringe a comercialização dessa mistura no verão. Segundo a associação, a medida abriria espaço para parte do milho excedente, além de estimular a renda no campo.
Estudo da entidade indica que o acesso permanente ao E15 poderia gerar US$ 25,8 bilhões adicionais ao Produto Interno Bruto dos EUA, além de 128 mil empregos em tempo integral.
A pesquisa apontou ainda sinais de retração nos investimentos. Muitos agricultores planejam adiar a compra de máquinas, reduzir o uso de fertilizantes e buscar alternativas de renda fora da fazenda. “Os resultados indicam um problema de uma geração na economia agrícola”, avaliou a economista-chefe da NCGA, Krista Swanson.
A queda de rentabilidade acompanha a maior retração de três anos já registrada nos recebimentos líquidos do setor. Preços mais baixos e custos elevados pressionam a margem, mesmo diante da previsão de safra recorde pelo Departamento de Agricultura. A oferta supera a demanda, e qualquer recuo no consumo pode derrubar ainda mais as cotações do milho.
O acesso limitado a crédito também preocupa. “Os juros estão mais caros e a curva é mais íngreme. Há menos flexibilidade para os credores oferecerem prazos, e ajudar produtores endividados não reduz a estrutura de custos”, explicou John Newton, economista e diretor da Terrain Ag.
Nesta semana, produtores visitam o Capitólio para pressionar parlamentares pela aprovação da legislação que autoriza a venda permanente do E15.
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