Produtores aceleram vendas de milho e soja em Mato Grosso

Safra recorde e demanda aquecida impulsionam comercialização

12.08.2025 | 10:25 (UTC -3)
Revista Cultivar, a partir de informações da Imea

A comercialização de milho e soja avançou em Mato Grosso em julho, impulsionada pela valorização dos preços e pela necessidade de liberar espaço nos armazéns.

Segundo o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), a safra 2024/25 de milho já teve 62% da produção vendida, alta de 11,95 pontos percentuais em relação a junho. O preço médio do grão no estado subiu 2,88% no mês, fechando em R$ 43,78 por saca. Para a safra 2025/26, as vendas chegaram a 11,39%, avanço de 4,56 p.p., mas ainda 8,44 p.p. abaixo da média dos últimos cinco anos.

As exportações de milho dispararam no período, atingindo 1,18 milhão de toneladas, crescimento de 625,83% frente a junho. O salto reflete a intensificação da colheita, que alcançou 99,72% da área, mas o volume embarcado ficou 59,02% abaixo do registrado no mesmo mês de 2024, devido ao atraso na colheita e à concorrência com a soja nos portos.

Na soja, a safra 2024/25 atingiu 88,72% de comercialização, alta de 6,79 p.p. sobre junho. O preço médio mensal subiu 5,09%, para R$ 117,93 por saca, sustentado por prêmios portuários mais elevados. Mesmo assim, o ritmo de vendas ficou 3,63 p.p. abaixo de julho do ano passado e 1,66 p.p. menor que a média histórica. Para a safra 2025/26, as negociações avançaram 4,99 p.p., chegando a 22,49% da produção estimada, uma das menores marcas para o período.

O esmagamento de soja também bateu recorde para julho, com 1,18 milhão de toneladas processadas, alta de 3,61% sobre junho e 12,70% frente ao mesmo mês de 2024. O aumento foi puxado pela maior demanda por óleo no estado e pela retomada das indústrias após paradas de manutenção. No acumulado do ano, o volume processado já soma 7,90 milhões de toneladas, avanço de 3,77% ante 2024.

A projeção do Imea indica que 2025 poderá fechar com 12,99 milhões de toneladas processadas, novo recorde. Apesar disso, a margem bruta do esmagamento caiu 14,93% no mês, fechando em R$ 433,78 por tonelada, pressionada pela queda no preço do farelo e pela alta da soja.

Compartilhar

Newsletter Cultivar

Receba por e-mail as últimas notícias sobre agricultura

acessar grupo whatsapp
Agritechnica 2025