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As primeiras ocorrências da ferrugem-asiática da soja em lavouras comerciais na safra 2024/25 foram registradas ontem em São Paulo, marcando o início da luta anual contra uma das doenças mais prejudiciais à cultura.
As notificações vieram de áreas nos municípios de Itaberá e Itapetininga, identificadas por técnicos das empresas Sipcam Nichino e G12 Agro. E confirmam o padrão sazonal esperado para a doença.
De acordo com a pesquisadora Claudia Godoy, da Embrapa Soja, o aparecimento da ferrugem asiática entre o final de novembro e início de dezembro é considerado habitual. Apesar disso, ela reforça que a ameaça permanece constante e exige atenção contínua dos sojicultores. "As doenças da soja são um dos principais fatores que limitam o potencial de produtividade do grão", afirma a especialista.
Atualmente, mais de 40 doenças causadas por fungos, bactérias, nematoides e vírus já foram identificadas no Brasil, sendo que a relevância econômica de cada uma varia de acordo com a região e as condições climáticas de cada safra.
A ferrugem-asiática é favorecida por condições climáticas específicas, como alta umidade e temperaturas moderadas, características comuns no início da temporada de chuvas. Essas condições permitem que os esporos do fungo Phakopsora pachyrhizi, causador da doença, espalhem-se rapidamente, afetando grandes áreas de cultivo em um curto período.
O manejo da ferrugem depende da combinação de estratégias, incluindo o uso de cultivares resistentes, o monitoramento constante das lavouras e a aplicação preventiva de fungicidas. "É fundamental que os produtores mantenham-se atualizados sobre as melhores práticas de manejo e controle químico para minimizar os impactos da ferrugem", orienta Godoy.
A ferrugem-asiática é considerada uma das doenças mais devastadoras para a soja devido à sua capacidade de reduzir drasticamente a produtividade. Em infestações severas, as perdas podem ultrapassar 80%, tornando imprescindível o manejo integrado. Além disso, a evolução do fungo tem desafiado o controle químico, com casos de resistência a princípios ativos em algumas regiões. Isso reforça a importância de uma abordagem integrada, que combina métodos culturais, genéticos e químicos para enfrentar a doença.
Para a safra 2024/25, os registros em Itaberá e Itapetininga são um alerta para os sojicultores de todo o Brasil. A identificação precoce da doença deve servir como ponto de partida para ações preventivas, especialmente em áreas onde o cultivo da soja já se encontra em estágios avançados de desenvolvimento.
A Embrapa e o Consórcio Antiferrugem recomendam a adoção de algumas práticas essenciais para minimizar os danos causados pela ferrugem asiática:
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