PR Safra 2025/26: soja sofre com chuvas e replantio no estado

Cerca de 270 mil hectares foram atingidos; em 80 mil, os danos são severos, segundo o Deral

13.11.2025 | 13:44 (UTC -3)
Revista Cultivar, a partir de informações do Deral
Foto: Gilson Abreu
Foto: Gilson Abreu

O Departamento de Economia Rural (Deral), vinculado à Secretaria da Agricultura e do Abastecimento do Paraná (Seab), atualizou hoje (13/11) a situação das lavouras de soja após as fortes tempestades que atingiram diversas regiões produtoras no início de novembro. De acordo com o levantamento divulgado no Boletim Conjuntural, cerca de 270 mil hectares sofreram algum tipo de dano, com maiores impactos em Campo Mourão, Londrina e Maringá.

Desse total, aproximadamente 80 mil hectares registraram danos severos, e grande parte da área deverá ser replantada, o que pode elevar os custos de produção neste ciclo para os produtores afetados. Segundo o analista do Deral Edmar Wardensk Gervasio, os outros 190 mil hectares impactados devem apresentar redução no volume de produção em relação ao inicialmente esperado.

Cevada avança com ritmo acelerado e bons resultados

Em contrapartida, a colheita da cevada avança em ritmo acelerado e com boa produtividade. De acordo com o coordenador da Divisão de Conjuntura do Deral, Carlos Hugo Godinho, o percentual de área colhida passou de 56% para 83% em apenas uma semana.

“Felizmente, são poucos os relatos de lavouras afetadas pelos eventos climáticos das últimas semanas, e mesmo a preocupação com a qualidade do produto, em função da alta umidade registrada, foi dirimida”, afirmou Godinho.

Ele destaca que a grande vantagem da cevada em relação ao trigo neste ano está nos preços e na rentabilidade. “Os contratos foram firmados em valores favoráveis, garantindo margens positivas para os agricultores que apostaram na cultura”, observou.

Em janeiro, a saca de cevada registrou preço médio de R$ 84,93, alcançando R$ 92,08 em fevereiro — valor 29% superior ao praticado atualmente. “Esse patamar garantiu alta rentabilidade nas lavouras”, concluiu.

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