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A colheita do trigo, principal cultura de inverno do Paraná, começou nesta semana. Segundo o Boletim de Conjuntura Agropecuária, publicado hoje (14/8) pelo Departamento de Economia Rural, foram colhidos cerca de 0,5% dos 833 mil hectares dedicados ao cereal nesta safra. A projeção feita em julho é de 2,6 milhões de toneladas.
Carlos Hugo Godinho, agrônomo do Deral, aponta que as áreas colhidas, especialmente na região de Londrina, apresentaram produtividade dentro do normal - mesmo sendo uma das regiões mais afetadas pela frente fria do final de junho. “A evolução dos trabalhos de colheita poderá revelar uma realidade diferente, mas o resultado inicial dentro da normalidade é um ponto a se comemorar”, disse.
Ele destacou também a qualidade do produto retirado do campo, que deve corresponder à classificação prevista no momento da escolha da variedade pelo triticultor. Mais da metade é apta a gerar trigos da classe “pão” e um pouco menos da metade, trigos da classe “melhorador”. “No entanto, as condições climáticas são determinantes para essa proporção, podendo até alterá-las para patamares melhores”, ponderou Godinho.
Os produtores que estão colhendo com produtividade normal e boa qualidade têm uma margem de rentabilidade positiva, mesmo que pouco expressiva, sobre os custos variáveis. Os preços médios estão em R$ 76,00 a saca, com pequeno recuo em relação a julho, mas repetindo quase o mesmo valor obtido no ano passado.
“Tal patamar pode ser considerado positivo para os produtores, diante da desvalorização do dólar e da queda dos preços internacionais, tanto no último mês quanto no último ano, de forma mais intensa que a observada no mercado doméstico”, analisou o agrônomo do Deral.
O documento registra ainda o patamar de 80% na colheita da segunda safra de milho. Para este ciclo foram semeados 2,77 milhões de hectares no Estado. O porcentual está ligeiramente acima da média das últimas cinco safras.
Segundo o analista Edmar Gervásio, o desempenho tem a ver com o plantio dentro do período preconizado pelo zoneamento agrícola, além de boas condições para a colheita em julho e na primeira quinzena de agosto. “Na reta final de colheita os relatos de campo confirmam uma ótima safra e, mesmo com preços menores que no início do ano, deve remunerar de forma satisfatória o produtor paranaense”, avalia Gervásio.
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