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Phytophthora infestans consegue ativar resistência ao fungicida mefenoxam (metalaxil-M) após uma única exposição a baixas concentrações do produto. A descoberta, feita por pesquisadores do Boyce Thompson Institute e da Universidad de los Andes, revela um comportamento dinâmico e preocupante do patógeno causador da requeima.
A pesquisa mostrou que cepas originalmente sensíveis ao fungicida passaram a crescer mesmo em meios com altas doses do produto após contato prévio com doses baixas. A resistência, porém, não trouxe aumento na esporulação do organismo. O patógeno sobreviveu, mas não se multiplicou mais do que antes.
O comportamento observado não segue o padrão clássico de mutações genéticas fixas. Segundo os autores, o fenômeno se assemelha a um mecanismo epigenético. A resistência é temporária. Basta uma passagem por meio sem fungicida para que o patógeno perca a capacidade de resistir. Uma nova exposição a baixa concentração do produto reativa o mecanismo.
O processo está ligado à resistência pleiotrópica a drogas (PDR), estratégia em que bombas celulares eliminam o fungicida do organismo. A ativação desse sistema consome energia, o que pode explicar por que o patógeno abandona a resistência quando o risco desaparece.
Além da resistência reversível, os pesquisadores observaram que exposições repetidas a altas concentrações de mefenoxam não fortaleceram nem enfraqueceram a defesa ativada. O patógeno mantinha a capacidade de sobreviver, sem alterações adicionais.
Outras informações em doi.org/10.1094/PDIS-05-25-1110-RE
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