Exportações do agro gaúcho caem no 2º trimestre de 2025
Na comparação com o mesmo período de 2024, houve retração de 14,3%
Entre os dias 2 e 8 de setembro, o Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento do Paraná registrou intensificação dos preparativos para o plantio das culturas de verão da safra 2025/26, enquanto as lavouras de inverno da safra 2024/25 avançam para a fase final. O boletim semanal destaca movimentações importantes em soja, milho, trigo e demais culturas.
Com o fim do vazio sanitário em várias regiões, os produtores começaram a dessecação e os preparativos de solo. Em alguns núcleos, a semeadura já foi iniciada, mas o avanço mais consistente é esperado para as próximas semanas, conforme previsão de chuvas. Há relatos de substituição pontual da soja por mandioca e cana-de-açúcar em algumas áreas.
A colheita da segunda safra está praticamente encerrada no estado, restando áreas em municípios como Jacarezinho. Apesar da irregularidade climática, das geadas e do plantio tardio, as produtividades ficaram dentro ou até acima das expectativas iniciais.
Já o milho de verão começou a ser semeado, aproveitando a umidade no solo. Em algumas regiões, áreas expressivas já foram implantadas, enquanto outras ainda aguardam chuvas mais regulares para intensificar o plantio.
O feijão da primeira safra já começou a ser plantado em diversas áreas, com lavouras em emergência em alguns núcleos. O arroz irrigado pré-germinado está dentro do calendário, com áreas estabelecidas em boas condições vegetativas.
A batata de safra avança com intensidade após as últimas precipitações, enquanto a colheita das áreas de inverno segue, embora com preços pouco atrativos no mercado.
O trigo apresenta estágios variados, do enchimento de grãos ao início da colheita. Nas áreas atingidas por geadas, as produtividades foram muito baixas, cerca de 50 sacas por alqueire, mas lavouras em bom estado devem compensar as perdas. Há registros pontuais de oídio e ferrugem, sem grandes impactos.
A colheita da aveia ganha ritmo nas áreas mais precoces, enquanto em outras regiões a cultura ainda está em floração e frutificação. A cevada também apresenta diferentes estágios, exigindo boa disponibilidade hídrica para manter o potencial produtivo.
A colheita do café caminha para o encerramento, com dificuldades em áreas menos mecanizadas devido à mão de obra reduzida. Produtores já iniciam os manejos para o próximo ciclo, e lavouras jovens mostram bom desenvolvimento. A cana-de-açúcar é colhida em ritmo acelerado, com produtividades dentro do previsto, embora a falta de chuvas afete o desenvolvimento de novas áreas implantadas.
A mandioca segue em colheita e plantio simultâneos. Em algumas áreas, a estiagem exige replantio, enquanto lavouras podadas se desenvolvem bem. O desestímulo aos produtores permanece com os preços baixos. Hortaliças de campo e estufa mantêm oferta regular, e a colheita de salsinha para desidratação segue favorecida pela rebrota.
As pastagens continuam prejudicadas pela seca, com baixo volume de massa verde e perda de qualidade, impactando diretamente a pecuária. No setor florestal, a colheita de pinus foi reduzida por conta da retração das exportações de compensados para os Estados Unidos, o que já reflete em queda na demanda e até demissões em algumas indústrias.
O transplante das mudas de tabaco segue acelerado nessas regiões, reforçando a dinâmica do ciclo agrícola no Paraná.
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