Paraná deve ter safra recorde de soja

Estado deve superar a marca das 20,7 milhões de toneladas registrada na temporada 2019/20

23.02.2023 | 08:04 (UTC -3)
Cultivar, com informações FAEP/SENAR-PR

Os produtores rurais do Paraná se preparam para aumento da produtividade dos grãos após queda histórica na safra 2021/22. Apesar de o ciclo ter sido prolongado por temperaturas baixas durante o início do plantio e alguns problemas localizados, espera-se que a safra de soja bata o recorde anterior de 20,7 milhões de toneladas na safra 2019/20.

De acordo com o Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento (Seab), espera-se uma produção de mais de 21 milhões de toneladas de soja, um aumento de nove milhões em relação ao último ciclo, quando a produção mal passou das 12 milhões de toneladas. Com a maioria das condições favoráveis às lavouras, há um clima de otimismo no campo.

"Depois de temporadas com perdas severas, essa safra tem tudo para ser cheia, permitindo que o produtor volte a se capitalizar. E sabemos que quando o campo vai bem, a economia dos municípios do Paraná vai bem também", afirma Ágide Meneguette, presidente do Sistema FAEP/SENAR-PR.

O produtor Rodrigo Schneider, que cultiva 850 hectares nos municípios de Pitanga, Candói e Foz do Jordão, realizou o plantio de forma escalonada, resultando em colheitas em diferentes épocas (a região tem a peculiaridade do frio; em geral, não se planta milho na segunda safra). "O plantio no período intermediário de 20 de outubro a 5 de novembro é o que temos de melhor. Nas nossas áreas, temos lavouras que devem dar de 50 até 70 sacas por hectare", compartilha.

O clima tem ajudado, tanto em relação à chuva quanto aos períodos de sol firme para dar segurança nas aplicações de defensivos. No entanto, alguns problemas preocupam os agricultores da região, como a ferrugem asiática, o mofo branco e ervas daninhas resistentes a herbicidas.

"Esperamos uma safra de 80% de aproveitamento para mais. Ainda preocupa a soja que teve plantio mais tarde, pois temos receio de uma epidemia de algum tipo de doença em fim de ciclo. Essa soja está tratada, mas temos medo dos fungicidas com baixo nível de controle", ressalta Schneider.

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