Anvisa aprova avaliação toxicológica do inseticida dimpropyridaz

Molécula pertence a uma nova classe de inseticidas da BASF; comercialização depende ainda de aprovação do Ministério da Agricultura

22.02.2023 | 17:02 (UTC -3)
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A Anvisa aprovou a avaliação toxicológica do inseticida dimpropyridaz, com marca comercial Efficon, da BASF. A venda comercial no Brasil depende de expedição de registro pelo Ministério da Agricultura.

As piridazinas pirazolcarboxamidas (PPCs) são uma nova classe de inseticidas descoberta e otimizada na BASF. Dimpropyridaz é o primeiro PPC a ser submetido a registro e controla muitas espécies de pulgões, mosca-branca e outros insetos.

Conforme se observa na literatura, a tioamida picolínica, o "hit" original ativo apenas em pulgões, foi o ponto de partida para um programa de síntese que rendeu PPCs com espectro expandido, incluindo moscas-brancas e outros insetos sugadores perfurantes, levando à seleção de dimpropyridaz para comercialização.

De acordo com informações de cientistas da empresa, os PPCs são uma nova classe de inseticidas moduladores de órgãos cordotonais com um modo de ação diferente dos grupos IRAC 9 e 29. Os PPCs contendo um ligante de amida secundário são significativamente mais ativos do que suas versões correspondentes de amida terciária em ensaios "ex vivo".

A ativação por estiramento de órgãos cordotonais envolve processos de mecanotransdução e amplificação, com influxo de Ca2+ através de canais Nan-Iav TRPV levando à geração de potencial de ação.

O dimpropiridaz atua independentemente do alvo da flonicamida, diminuindo os níveis de cálcio nos órgãos cordotonais e, assim, interrompendo a função do órgão cordotonal. A inibição ocorre em um local a montante dos TRPVs e é independente do TRPV, fornecendo um novo modo de ação para o gerenciamento da resistência.

Ainda são necessárias a avaliação do Ibama e avaliação e conclusão do processo de registro pelo Ministério da Agricultura para a obtenção da autorização de uso do produto. Imagina-se que a nova tecnologia venha a ser utilizada no Brasil principalmente para o manejo de insetos sugadores como cigarrinhas, mosca-branca e pulgões. O produto também está em fase de registro em outros países, incluindo a América Latina, seguindo seus procedimentos legais.

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