Monitoramento e aplicações no período correto previnem ataque do bicho-furão

As maiores perdas pelo ataque de bicho-furão ocorrem em regiões mais quentes e úmidas, talhões próximos a matas, locais com manejo inadequado e em áreas onde há atraso ou deficiências na colheita

06.05.2022 | 14:01 (UTC -3)
Fundecitrus
  Para o manejo do bicho-furão, podem ser utilizados inseticidas químicos presentes na lista Protecitrus. - Foto: Divulgação Fundecitrus
  Para o manejo do bicho-furão, podem ser utilizados inseticidas químicos presentes na lista Protecitrus. - Foto: Divulgação Fundecitrus

As maiores perdas pelo ataque de bicho-furão ocorrem em regiões mais quentes e úmidas, talhões próximos a matas (locais com outras plantas hospedeiras do inseto), locais com manejo inadequado e em áreas onde há atraso ou deficiências na colheita – os frutos que permanecem nas árvores servem para que o inseto continue o seu ciclo.

Para prevenir os ataques, dois pontos são fundamentais: fazer o monitoramento no momento adequado, ou seja, quando os frutos estão verdes e atingiram o tamanho final (antes de bandeirar) e iniciar as aplicações com a população da praga ainda baixa. Confira a seguir todas as orientações:

Diferença do ataque de moscas

O ataque de moscas-das-frutas promove uma podridão mole no fruto, já o ataque de bicho-furão deixa o local rígido e é possível observar os excrementos do inseto.

Arte com foto ataque mosca x ataque furão

Inspeção

Além da inspeção visual à procura de frutos com danos, é importante o uso de armadilhas com feromônio, para se detectar o foco inicial da praga. Essa armadilha deve ser instalada no ponteiro da planta e abranger uma área máxima de 10 hectares.

É fundamental iniciar o controle quando as capturas atingirem o nível de controle.

Controle

Para o manejo do bicho-furão, podem ser utilizados inseticidas químicos presentes na lista Protecitrus para o controle da mariposa e lagartas e inseticidas biológicos ou reguladores de crescimento direcionados apenas para as lagartas.

Como a mariposa tem o hábito de se alojar no interior da copa durante o dia, o produtor deve usar volume de calda ao redor de 70 mL/m³ de copa a fim de se obter uma alta cobertura.

Em casos de altas infestações e danos elevados nos frutos, será necessário estabelecer um programa frequente de pulverização com o objetivo de romper esse ciclo do inseto.

Cuidados adicionais

Duas práticas culturais podem auxiliar no manejo: antecipação da colheita e remoção dos frutos atacados das plantas e caídos sob as copas e nas entrelinhas de plantio.

Compartilhar

Mosaic Biosciences Março 2024