Minas Gerais amplia área de algodão em 34%, mas seca ameaça produtividade

Mesmo com crescimento da produção previsto em 25%, estiagem deve reduzir rendimento das lavouras não irrigadas no estado

12.05.2025 | 14:07 (UTC -3)
Revista Cultivar, a partir de informações de Maria Emilia Calabria

Minas Gerais aumentou em 34% a área plantada com algodão na safra 2024/25. O estado, terceiro maior produtor da fibra no país, enfrenta agora os efeitos da seca, que pode comprometer a produtividade das lavouras de sequeiro.

A estimativa é da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa). Segundo o relatório de março, o Brasil deve cultivar 2,14 milhões de hectares e colher 3,95 milhões de toneladas, alta de 6,8% em relação à safra passada. A expansão da área em estados como Minas Gerais impulsiona o crescimento.

No estado, a produção tende a subir cerca de 25%, segundo Licio Pena de Sairre, diretor-executivo da Associação Mineira dos Produtores de Algodão (Amipa). “A produtividade deve cair por causa da estiagem, mas a produção total aumentará, puxada pela área maior”, afirma.

A Abrapa havia alertado sobre o risco de perdas climáticas. O aviso permitiu aos produtores adotar medidas com antecedência. A principal foi ampliar o plantio para tentar compensar o menor rendimento por hectare.

Com o clima instável, os produtores apostam em tecnologia e manejo eficiente para manter a competitividade. A inclusão do algodão nos sistemas produtivos eleva o nível tecnológico no campo. Sementes transgênicas, tolerantes a nematoides e mais resistentes à seca ganham espaço.

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