RS Safra 2024/25: colheita da soja avança, mas perdas no campo preocupam
Com 95% da área colhida, déficit hídrico e debulha natural agravam prejuízos; milho segue em ritmo mais lento e enfrenta estresse hídrico na fase final
As ações de fortalecimento à citricultura paulista, realizadas pela Secretaria de Agricultura do estado de São Paulo (SP), ganha destaque em 2025 com a divulgação da nova estimativa da safra 2025/26 pelo Fundo de Defesa da Citricultura (Fundecitrus). A previsão anunciada hoje (9/5) é de 314,11 milhões de caixas de laranja no cinturão citrícola de São Paulo e Triângulo/Sudoeste Mineiro - um crescimento de 26,4% em relação à safra anterior, marcada por adversidades climáticas.
A citricultura paulista é responsável por cerca de 80% da produção nacional de laranja e por 90% do suco de laranja processado no país, consolidando o estado como líder global do setor. A cadeia produtiva movimenta mais de US$3 bilhões ao ano e gera aproximadamente 200 mil empregos diretos e indiretos. Em 2024, o grupo de sucos respondeu por 9,6% das exportações do agronegócio paulista, totalizando R$17,78 bilhões, sendo o suco de laranja o principal item, responsável por 98,1% desse valor.
Em 2024, a secretaria de agricultura anunciou a linha de crédito “Combate ao Greening”, com o objetivo de apoiar os produtores na adoção de medidas preventivas e de controle da doença que afeta os pomares. Até agora, já foram liberados mais de R$6 milhões para 32 produtores.
A Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA) atua com ações sanitárias, fiscalização e orientação técnica em todo o estado, além de seguir na linha de frente no combate à doenças como o Greening/HLB e o Cancro Cítrico. A legislação em vigor estabelece medidas rigorosas de defesa sanitária vegetal, como a proibição do comércio ambulante de mudas cítricas, prática que representa risco significativo à sanidade dos pomares comerciais. Em 2024, foram 1743 fiscalizações de HLB , totalizando 4.502.358 mudas retiradas. Além disso, foram realizadas 37 palestras educativas para público externo.
Além disso, a Coordenadoria mantém um canal direto para denúncias sobre pomares abandonados ou mal manejados. Em abril foram atendidos 57 chamados. A presença desses pomares, sem controle do psilídeo (Diaphorina citri) — vetor do greening — ou sem a devida erradicação de plantas contaminadas, representa uma ameaça à citricultura paulista, ao funcionar como fonte permanente de disseminação da doença.
Para ampliar a base de conhecimento e promover inovação no setor, foi criado o Centro de Pesquisa Aplicada em Inovação e Sustentabilidade da Citricultura (CPA), resultado de uma parceria entre a Secretaria de Agricultura e Abastecimento (SAA), o Fundecitrus, a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e a Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq/USP).
Com investimento previsto de R$ 90 milhões nos próximos cinco anos, o CPA tem como missão promover a formação de novos grupos de pesquisa e consolidar iniciativas existentes, com foco prioritário no enfrentamento ao greening. Sediado na Esalq/USP, em Piracicaba (SP), o centro representa um avanço estratégico e promete ser um divisor de águas para a citricultura brasileira, integrando ciência, inovação e políticas públicas no combate aos principais desafios do setor.
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