Milho: panorama da semana - 20/01/2023

Apesar do pouco fluxo de negócios e de perdas relevantes registradas no sul do país, as perspectivas para a segunda safra do grão sustentam os avanços do Brasil no cenário internacional

20.01.2023 | 13:58 (UTC -3)
Mahany Martins, Tarken
 Mahany Martins, Analista Tarken
 Mahany Martins, Analista Tarken

Mercado interno com pouco fluxo de negócios, vendedores e compradores encontram-se recuados. Apesar disso, o cenário para o abastecimento da cadeia pelos grãos para o primeiro semestre do ano é desafiador, dado o volume de exportações atuais que vêm esgotando os estoques de passagem.

Pelo Brasil, o sul apresenta áreas com grandes perdas, em torno de 45% do montante estimado, como em Bagé, Alegre e Frederico Westphalen. Em algumas regiões do estado, produtores destinam a produção para silagem ou para alimentação animal direta (Notícias Agrícolas). Em Goiás, nesta quinta houve indicações de comprador a R$73,50 com pagamento para fevereiro. Em Minas Gerais, oferta em Unaí a R$ 76,00 e Uberlândia a R$ 82,00.

Exportações

As exportações de milho nos Estados Unidos começam a aumentar em janeiro, porém neste ano, os números são positivos. O volume inferior de negócios com a China trava as perspectivas no momento. Os Estados Unidos ainda detêm o título de maiores exportadores, porém, os cenários desconexos com o quadro no Brasil, aumentam as expectativas de que o cereal Brasileiro tome papel de destaque no cenário internacional.

Segundo dados do Ministério da Agricultura, o Irã foi o maior destino das embarcações, com 6,58 milhões de toneladas. Movimentando o cenário, a China retomou as negociações após a liberação do mercado ao cereal brasileiro no fim do ano passado, com 1.165 milhão de toneladas embarcadas. Em 2022 países da UE também aumentaram as negociações com o milho Brasileiro, reflexo da escassez do produto advindo da Ucrânia e da seca enfrentada pela mesma.

As perspectivas do setor são positivas e concordam que a área plantada do milho de segunda safra trará grandes volumes para o mercado na segunda parte do ano, sustentando os avanços brasileiro no cenário internacional.

Por Mahany Martins, Analista Tarken

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