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A The Mosaic Company reportou lucro líquido de US$ 411 milhões e lucro por ação diluído de US$ 1,29 no segundo trimestre de 2025. O EBITDA ajustado foi de US$ 566 milhões, com lucro por ação ajustado de US$ 0,51. Segundo o presidente e CEO Bruce Bodine, o desempenho do período reflete uma série de manutenções programadas e itens pontuais.
“O trabalho que realizamos no primeiro semestre prepara o caminho para uma segunda metade do ano mais forte, impulsionada por melhorias operacionais, redução nas paradas de planta, excelente desempenho no Brasil e fundamentos favoráveis do mercado de fertilizantes”, afirmou. A empresa espera gerar fluxo de caixa livre significativo no restante do ano.
O lucro líquido saltou de um prejuízo de US$ 162 milhões no segundo trimestre de 2024 para um lucro de US$ 411 milhões em 2025. A alta foi impulsionada por preços médios de venda mais elevados em todos os segmentos e ganhos de eficiência, especialmente na divisão Mosaic Fertilizantes. O resultado foi beneficiado por itens não recorrentes que somaram US$ 339 milhões antes dos impostos, com destaque para ganhos não realizados de US$ 220 milhões em transações cambiais e derivativos — reflexo da valorização do real e do dólar canadense — e um ganho de US$ 216 milhões na reavaliação de ações da Ma’aden. Esses efeitos foram parcialmente compensados por provisões ambientais de US$ 76 milhões no segmento de fosfatados.
O EBITDA ajustado recuou ligeiramente em relação ao ano anterior (US$ 584 milhões), influenciado por provisões extraordinárias (US$ 64 milhões) e custos com paradas e ociosidade (US$ 66 milhões). Esses valores incluem provisões para inadimplência, ajustes de inventário, questões legais e ambientais, além de contingências fiscais. Os gastos com paradas somaram US$ 144 milhões no trimestre.
As despesas com vendas, gerais e administrativas (SG&A) aumentaram para US$ 167 milhões, frente aos US$ 128 milhões no mesmo período de 2024, puxadas por US$ 33 milhões em provisões para inadimplência — sendo US$ 30 milhões referentes a um único cliente — e US$ 7 milhões em depreciação não monetária relacionada ao projeto de aceleração digital. A empresa recuperou US$ 15 milhões por meio de seguro referente a uma inadimplência registrada no ano anterior e espera recuperar parte substancial das perdas atuais por meio de novas indenizações.
A Mosaic também concluiu seu programa de redução de custos de US$ 150 milhões iniciado dois anos atrás, com US$ 106 milhões economizados no segmento brasileiro e US$ 55 milhões em SG&A. A meta agora é alcançar US$ 250 milhões até o fim de 2026, com foco em automação, otimização da cadeia de suprimentos, melhorias operacionais e melhor absorção de custos fixos.
A alíquota efetiva de imposto no trimestre foi de 25,9%, e a ajustada ficou em 24,9%. Os impostos pagos em dinheiro somaram US$ 75 milhões. O fluxo de caixa operacional foi de US$ 610 milhões, abaixo dos US$ 847 milhões de 2024, devido à redução nos adiantamentos de clientes e maior capital de giro. O fluxo de caixa livre ficou em US$ 305 milhões, também inferior ao registrado no ano anterior (US$ 513 milhões), mas influenciado por menores investimentos, que caíram de US$ 334 milhões para US$ 305 milhões. A empresa manteve sua projeção anual de capex entre US$ 1,2 bilhão e US$ 1,3 bilhão.
A Mosaic também avançou em negociações estratégicas para os ativos de Carlsbad e Taquari, e espera concluir a venda da unidade de Patos de Minas até o final do ano. Estudos de viabilidade para projetos de nióbio em Araxá e Patrocínio seguem em desenvolvimento, com retomada das negociações prevista para o primeiro semestre de 2026.
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