Irrigação por gotejamento dobra produtividade para fornecedores de cana

11.08.2015 | 20:59 (UTC -3)
Thais Frausto

A cultura canavieira é um negócio de extrema importância em território nacional, já que o Brasil é o maior produtor, com aproximadamente 9,6 mil hectares plantados, produzindo aproximadamente 560 milhões de toneladas. Essa quantidade é dividida para a produção do etanol e do açúcar, produzindo 23 milhões de litros e 36 milhões de toneladas, respectivamente. Pelo Brasil ser o maior produtor desta matéria, o mercado só tende a ampliar, e como exemplo disso temos o crescimento de quase 50% da produção em 10 anos. Isso só mostra o quanto este mercado é competitivo e competente.

Para este crescimento considerável ser constante, novas tecnologias para a otimização de recursos são sempre bem-vindas para que haja a busca pela sustentabilidade e viabilidade da produção. Para o máximo de aproveitamento da lavoura, produtores precisam inovar desde o plantio à colheita.

O produtor Luiz Fernando Feltre (cooperado da Coopercitrus) foi um dos primeiros produtores de cana no Estado de São Paulo a provar que uma boa irrigação repercutiu em uma boa safra. Isso porque ele implantou o sistema de irrigação localizada por gotejamento em sua cultura. A família Feltre trabalha com a cultura há mais de 120 anos, somente em 2006, esse sistema de irrigação por gotejamento foi implantado gerando resultados positivos desde então.

A tecnologia de irrigação conhecida como “gota a gota” da israelense Netafim, empresa pioneira e líder mundial em soluções de irrigação por gotejamento, proporciona uma grande economia de água, fertilizantes, mão de obra e energia. Ele consiste em pequenos gotejadores instalados em tubos que conduzem a água até a raiz da cultura, fornecendo a quantidade ideal de água e nutriente para a cultura, garantindo altos índices de produtividade.

Na região de Jaú, interior de São Paulo, dos 800 hectares cultivados por Luiz, 35 hectares são irrigados por gotejamento garantindo que o fornecimento de água e nutrientes seja o ideal durante todo o ciclo da cultura. O sistema garante que não haja o desperdício de água, bem que tanto lutamos para proteger. “A irrigação localizada por gotejamento além de diminuir a mão de obra e aumentar a produtividade, ainda permite o aumento da longevidade do canavial, mesmo em colheita mecanizada, em relação ao canavial de sequeiro”, explica Daniel Pedroso, coordenador agronômico da Netafim. A cultura pode ser renovada a cada 10 ou 15 anos, quanto nas áreas de sequeiro, a cultura tem que ser renovada no máximo em cinco anos.

“Muitos fornecedores de cana estão aderindo a avançada tecnologia de irrigação por gotejamento na propriedade, fato importante para se manter competitivos e sustentável no negócio”, detalha Pedroso.

Com o sistema de irrigação da Netafim na fazenda de Luiz, a produtividade é maior em relação à cultura no sequeiro. Antes, eram produzidas 80 toneladas por hectare em no máximo cinco cortes. Hoje, a Fazenda São João produz em média 100 toneladas por hectare e está atualmente no nono corte mecanizado na área de gotejo, os três dígitos que se fazem necessários.

O produtor está satisfeito com os resultados obtidos “No sequeiro, as folhas são meio fechadas e contorcidas devido ao estresse hídrico, enquanto nas áreas de irrigação por gotejamento, elas são abertas e verdes”, explica Feltre. Para aumentar mais ainda sua satisfação, o produtor tem mais dois projetos para ampliar a área de irrigação para 150 hectares.

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