Amarelão em fumo: alerta aos produtores

10.08.2015 | 20:59 (UTC -3)
Daiane Köhler

As temperaturas elevadas deste inverno e a umidade decorrente da alta frequência de chuvas na região Sul do Brasil compõem um panorama preocupante aos fumicultores. Isto porque estas condições favorecem a ocorrência do Amarelão, doença que pode causar danos, além de afetar a qualidade do fumo. Dados de pesquisas apontam comprometimento acima de 50% no peso de folha, além da redução do estande de plantas na lavoura, principalmente em áreas mal drenadas.

O Amarelão é causado por Phytium spp. e Fusarium spp. e provoca o amarelecimento da planta devido à morte das radículas evoluindo até a morte da raiz principal. Quando o patógeno principal for Fusarium, pode ocorrer a emissão de novas raízes a partir do colo da planta.

De acordo com o Colaborador Ad hoc do Instituto Phytus e Ph.D. em Fitopatologia, Ricardo Balardin o processo de controle da doença deve ser iniciado no floating, onde a infecção principalmente por Phytium é favorecida. Nas condições de floating, o pesquisador aconselha o uso de fungicidas que apresentam bom desempenho no controle desse patógeno, viabilizando o desenvolvimento das mudas livres da infecção por Phytium. “Como nas áreas onde o fumo será transplantado os patógenos, Phytium e Fusarium, podem estar presentes deve ser realizada uma aplicação de fungicida no transplante”, indica. Já em situações extremas, cujo histórico de ocorrência do Amarelão estiver associado a condições climáticas favoráveis, a recomendação é que seja realizada uma segunda aplicação de fungicida, com o intervalo de aplicações em torno de sete dias.

Foto: Instituto Phytus/Divulgação

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