Pesquisadores apontam resistência de Tuta absoluta ao inseticida tetraniliprole
O estudo, realizado com 18 populações do norte da China, revelou resistência moderada ao inseticida
O mês de junho de 2024 trouxe uma série de variações climáticas significativas em diversas regiões do Brasil, conforme o Boletim Agroclimatológico do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). Essas mudanças tiveram impacto direto nas condições do solo e nas atividades agrícolas, destacando a importância de monitorar e adaptar as práticas agrícolas às condições climáticas.
No extremo norte e sul do Brasil, assim como na costa leste do Nordeste, foram registrados acumulados de chuva acima de 150 mm. Essas precipitações mantiveram a umidade do solo elevada, favorecendo o desenvolvimento das lavouras. Em contraste, grande parte das regiões Centro-Oeste, Sudeste e interior do Nordeste apresentaram volumes de chuva inferiores a 50 mm, resultando em baixos níveis de água no solo, principalmente no sudeste do Piauí, meio oeste da Bahia e norte de Minas Gerais.
A parte norte da Região Norte registrou volumes de chuva superiores a 300 mm, com destaque para Roraima e Amapá, onde as chuvas ultrapassaram 250 mm. Esta situação é oposta à observada no sul do Pará, Amazonas e Acre, onde os volumes foram inferiores a 50 mm, e nos estados de Tocantins e Rondônia, que não registraram chuvas.
Região Norte: Boa Vista (RR) teve o maior acumulado de chuva do mês, com 471,6 mm, seguido por Caracaraí (RR) e Macapá (AP). As chuvas mantiveram os níveis de umidade do solo favoráveis, exceto no Tocantins, onde a umidade está baixa.
Região Nordeste: as chuvas foram mais intensas no noroeste do Maranhão e na costa desde o Rio Grande do Norte até a Bahia. Natal (RN) e Maceió (AL) destacaram-se com 605,7 mm e 420,4 mm, respectivamente. No interior, a baixa umidade prejudicou as lavouras de milho segunda safra.
Região Centro-Oeste: predominou o tempo seco, com volumes de chuva muito baixos. A estação seca reduziu a umidade do solo, o que pode prejudicar o milho segunda safra, mas favorecer a colheita de algodão.
Região Sudeste: acumulados de chuva abaixo de 50 mm prevaleceram, com exceção de áreas pontuais no leste. A redução da umidade do solo é desfavorável para as lavouras de milho e trigo.
Região Sul: volumes de chuva superiores a 150 mm foram registrados no oeste e sul de Santa Catarina e em grande parte do Rio Grande do Sul. As chuvas elevadas aumentaram a umidade do solo, mas também causaram dificuldades na semeadura e desenvolvimento de culturas como milho e trigo.
As temperaturas máximas médias em junho foram superiores a 30°C no centro-norte do Brasil, com picos acima de 34°C em Tocantins, Rondônia, Pará, Piauí e Mato Grosso. As mínimas ficaram acima de 20°C nas regiões Norte e Nordeste, enquanto no Sul e Sudeste foram inferiores a 16°C, com geadas registradas no final do mês.
Região Norte: a previsão indica chuvas próximas ou abaixo da média, com temperaturas acima da média. A redução da umidade pode aumentar a incidência de queimadas.
Região Nordeste: chuvas próximas à média no interior e ligeiramente abaixo na costa, com temperaturas acima da média. A baixa umidade no solo pode favorecer a maturação de culturas como algodão e milho segunda safra.
Região Centro-Oeste: previsão de chuvas abaixo da média e temperaturas acima da média. A baixa umidade pode prejudicar o milho segunda safra, mas favorecer a colheita de algodão.
Região Sudeste: chuvas abaixo da média e temperaturas acima da média são esperadas, com possíveis geadas isoladas em áreas de maior altitude.
Região Sul: chuvas acima da média no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e sudeste do Paraná. Temperaturas acima da média podem ocorrer, com possíveis geadas em locais de maior altitude.
O Atlântico Tropical Norte apresentou aquecimento significativo, o que pode reduzir as chuvas no norte da Região Nordeste. No Pacífico Equatorial, a transição de El Niño para condições de Neutralidade foi observada, com previsão de La Niña para o próximo trimestre, o que pode impactar ainda mais as condições climáticas no Brasil.
A análise das condições climáticas e o prognóstico para os próximos meses são essenciais para o planejamento agrícola, permitindo aos produtores adaptar suas estratégias de cultivo e colheita para minimizar os impactos adversos e aproveitar as condições favoráveis.
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