Só em 2017, 32 milhões de árvores do parque citrícola de São Paulo e Minas Gerais (16,73%), já foram afetadas pelo greening ((huanglongbing/HLB), segundo levantamento do Fundecitrus divulgado em junho. A doença afeta quase todas as regiões produtoras de citros do mundo e também coloca em risco a citricultura brasileira. Em busca de uma solução, grupo de pesquisadores da Conplant, empresa focada em nutrição e fisiologia de plantas, em parceria com a Allplant, da área de fertilizantes, desenvolveram o manejo fisiológico do greening. O MFG, como está sendo chamado, possibilita o controle do desenvolvimento do HLB ou amarelão, como também é conhecida a doença, bem como implantar novos pomares em áreas contaminadas.
O novo tratamento não evita o aparecimento da doença, mas “é um conjunto de ações baseado em nutrição, estimulantes vegetais e manejo de solo, que previne o desenvolvimento da severidade da doença e evita que ela cause grandes danos e prejuízos às plantas”, explica o engenheiro agrônomo, Camilo Lázaro Medina, pesquisador da Conplant e líder do desenvolvimento do MFG.
De acordo com o pesquisador e diretor da Conplat, Ondino Cleante Bataglia, são mais de dez anos de pesquisa para o desenvolvimento do tratamento à base de nutrientes e bioestimulantes. O MFG já está sendo aplicado com sucesso em pomares comercias nos estados de São Paulo, Minas Gerais e Paraná.
O pesquisador Camilo Medina relata que “os pomares que recebem o tratamento, além do controle da doença, apresentam aumento da produtividade, pois, o manejo, além de agir nas plantas sintomáticas, oferece nutrientes que também ajudam as plantas sadias”.
Os pesquisadores ressaltam que, mesmo com MFG, o combate ao inseto vetor da doença, o psilídeo, não pode ser interrompido. Além disso, é importante seguir as orientações dadas pelas legislações a respeitodo greening.