Greening atinge 47,6% das laranjeiras, conforme Fundecitrus

Levantamento 2025 aponta alta de 7,4% sobre 2024

10.09.2025 | 13:55 (UTC -3)
Revista Cultivar, a partir de informações de Daniele Merola

O greening alcançou 47,63% das laranjeiras do cinturão citrícola de São Paulo e Triângulo Mineiro em 2025. O índice cresceu 7,4% frente a 2024, quando marcou 44,35%. O avanço desacelerou pelo segundo ano, após altas de 16,5% entre 2023 e 2024 e de 55,9% entre 2022 e 2023.

A escolha mais criteriosa de áreas para novos plantios contribuiu para a desaceleração. Produtores retomaram a eliminação de árvores doentes com até cinco anos e o replantio imediato. A população do psilídeo caiu de forma relevante em 2024, como efeito de controle mais qualificado.

A incidência recuou 54,1% nos pomares de 0 a 2 anos e 17,1% nos de 3 a 5 anos. A remuneração melhor em 2023 e 2024 aumentou a resistência em eliminar plantas doentes já produtivas. A maior incidência segue nos pomares com mais de 10 anos (58,43%), depois nos de 6 a 10 anos (57,79%), 3 a 5 anos (39,18%) e 0 a 2 anos (2,72%).

Quase 100 milhões de árvores, de um total de 209 milhões, apresentam contaminação. A progressão relaciona-se a populações elevadas do inseto vetor, à presença de plantas doentes nos pomares e ao clima mais ameno no segundo semestre de 2024, favorável à bactéria.

População de psilídeos

A população de psilídeos diminuiu 41% em 2024 com rotação de inseticidas, aplicação de caulim e pulverizações aprimoradas. Mesmo assim, os níveis atuais superam em quatro a nove vezes os observados antes de 2020.

A severidade média da doença subiu pelo quarto ano. O indicador passou de 18,7% em 2024 para 22,7% em 2025. A queda média de frutos atribuída ao greening aumentou de 3,1% na safra 2021/22 para 9,1% na safra 2024/25 e agora responde por 50,8% do total de frutas que caíram antes da colheita.

Seis das 12 regiões do cinturão registram incidência acima de 60%. As áreas mais afetadas são Limeira (79,9%), Porto Ferreira (70,6%), Avaré (69,2%), Duartina (62,7%) e Brotas (60,8%). Bebedouro (47,2%) e Altinópolis (45,1%) seguem em patamar alto. São José do Rio Preto (34,3%), Itapetininga (28,7%) e Matão (24,6%) aparecem em nível intermediário, com avanço expressivo em São José do Rio Preto e Itapetininga. Votuporanga (3,1%) e Triângulo Mineiro (0,3%) mantêm as menores taxas.

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