Como imagens NDVI da lavoura auxiliam na detecção das zonas de manejo
Com uso de imagens NDVI é possível gerar uma estimativa da produtividade e determinação de zonas de manejo.
A Fertiláqua realizou durante os últimos meses transmissões online com representantes do seu corpo técnico para debater principais pontos da agricultura e auxiliar os produtores com dicas e orientações que, até então, eram dadas no campo. Uma das Lives “DM em Campo” trouxe como tema principal: Manejo fisiológico x Manejo nutricional. Participaram do encontro os especialistas Fernando Bacilieri e Elton Hizuka e a mediação foi feita pelo gerente de desenvolvimento da Fertiláqua, Deyvid Bueno.
Abrindo a discussão, Elton Hizuka, coordenador de desenvolvimento de mercado da Fertiláqua, explicou a diferença entre os dois manejos: o nutricional trata da parte de fornecimento de elementos necessários e o fisiológico aborda as ferramentas de como fazer a planta “funcionar” melhor.
O consultor Fernando Bacilieri esclareceu que o manejo de nutrição começa por meio do monitoramento e levantamento nutricional necessário para cada cultura. Define-se a produtividade esperada, observam-se os níveis de elementos no solo e o que deve ser feito para atingir o objetivo traçado. “São 17 elementos que as plantas utilizam. Três deles – carbono, hidrogênio e oxigênio – são obtidos naturalmente e os 14 são de nossa responsabilidade fornecer”.
Para atingir o máximo potencial, a aplicação de produtos bioestimulantes para melhorar o funcionamento da planta se faz necessária. “O manejo fisiológico tem alguns desafios principais: entender que em cada etapa de desenvolvimento, a planta tem uma necessidade especifica; no estabelecimento inicial, por exemplo, o objetivo é formar raiz, estruturar a planta. No vegetativo, há algumas etapas criticas como fixação de flores e enchimento de grãos. Precisamos entender qual processo a planta está realizando e como podemos favorecê-lo”, afirma Bacilieri.
Segundo Hizuka, para trabalhar os dois manejos em conjunto é preciso ter primeiro a nutrição balanceada, para que a planta tenha os nutrientes para crescer e se desenvolver. A partir daí, trabalha-se com outras ferramentas, como os bioestimulantes que são substâncias que favorecem a planta, melhorando suas características fisiológicas e nutricionais, da germinação ao enchimento de grãos, para obter melhor performance. “Com uma base bem nutrida, a planta fica mais forte e vigorosa. Assim é possível estimulá-la para entregar mais produtividade”.
No entanto, Bacilieri destaca que é fundamental saber o objetivo da aplicação que será feita. “Existem diversas ferramentas. Se o desejo é estimular enraizamento é uma aplicação, se é para atenuar estresses é outra específica. Entendendo o objetivo é que será definido o que utilizar, quanto e quando aplicar e o que se espera desse manejo”.
O profissional ainda alerta que cada cultura tem sua exigência específica. “Na soja RR, tem a necessidade do manganês, para dar mais dureza à folha. O produtor quer economizar não aplicando manganês ou diminuindo a quantidade, e na prática vê uma planta deficiente e mais suscetível a ataque de pragas e doenças. Já no algodão, o boro é o segundo micronutriente exigido. A suplementação foliar e estimulante e favorece o desenvolvimento da raiz e a parte aérea”, comenta.
Receba por e-mail as últimas notícias sobre agricultura
Receba por e-mail as últimas notícias sobre agricultura