Expedição Mato Grosso leva produtores e consultores a um dos maiores grupos agropecuários brasileiros

O roteiro começa na cidade de Campo Verde em Mato Grosso

16.03.2017 | 20:59 (UTC -3)
Sara Kirchhof

O roteiro começa na cidade de Campo Verde em Mato Grosso, estado líder na produção de grãos no Brasil. Localizada a cerca de 200 quilômetros de Cuiabá, Campo Verde é considerada a capital brasileira do algodão, apresentando um crescimento econômico acima da média nacional. No ano 2000, o Produto Interno Bruto (PIB) do município era de R$ 218 milhões e, em apenas cinco anos, mais que dobrou, passando para R$ 512 milhões. Além do algodão, a cidade se destaca pela produção de carne suína, soja, milho, arroz e sementes certificadas. Por estas e outras razões, o local foi o destino escolhido pela AgroBravo para levar grupos interessados em conhecer de perto a realidade da produção agropecuária em grandes módulos rurais. A viagem faz parte da Expedição Mato Grosso, que começou a fazer parte dos roteiros técnicos organizados pela empresa.

No total, 20 pessoas, entre produtores rurais e consultores agronômicos gaúchos do Grupo Floss - Consultoria e Assessoria em Agronegócios e Grupo Técnico de Consultoria Agrícola (GTC), participaram da expedição. Já no primeiro dia, eles puderam conhecer as estruturas do Grupo Bom Futuro, uma gigante do agronegócio mundial com quase 6 mil funcionários e 520 mil hectares de área plantada, atuando nos setores da agricultura, pecuária, piscicultura, sementes, armazenagem e transportes.

A visita começou nos armazéns da Fazenda São Miguel e passou pelas áreas de recebimento, de produção e de beneficiamento de sementes da Fazenda Fartura, seguindo para a Fazenda Filadélfia, onde os visitantes viram o laboratório do grupo, além dos setores de pecuária, piscicultura e lavouras. Além da área de atuação, cada fazenda se diferencia uma da outra pelo tamanho.

Os produtores e consultores acompanharam o trabalho de uma sementeira em plena colheita de safra, podendo verificar os cuidados com a produção e a disposição das máquinas sem perder nenhum detalhe, desde a industrialização das sementes, o tratamento, a semeadura, a colheita, o transporte, a limpeza, a secagem e até a armazenagem da produção, adquirindo conhecimento técnico capaz de proporcionar novas perspectivas para seus próprios negócios.

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Há anos, o Grupo Bom Futuro já vinha recebendo um grande volume de visitantes todos os dias na busca por entender o segredo do sucesso da empresa. Para o diretor de marketing e de piscicultura do Bom Futuro, Jules Ignácio Bortoli, este roteiro organizado pela AgroBravo, além de dar mais profissionalismo a às visitas, traz uma aproximação diferente com o público. “Mais do que receber grupos, é muito bom receber pessoas com a história parecida com a dos fundadores do Bom Futuro e essa identificação ficou muito evidente. E, desta vez, por serem produtores com origem sulista, nós também pudemos aprender com eles. É uma troca. Foi uma viagem ótima que resultou em grandes amizades”, declarou Bortoli.

O tour pela gigante terminou com visita na sede da empresa, onde os participantes conheceram ainda mais a história da gigante, com direito a filme em uma sala de cinema dentro do próprio complexo. O audiovisual exibido serviu de inspiração para os visitantes ampliarem suas perspectivas e avaliarem a abertura de novos mercados. O diretor comercial da Cerealista 3M, Mauro Matias Ruiz, que conheceu a AgroBravo durante Expomilano 2015, ficou impressionado com a dinâmica do roteiro. “A expedição Mato Grosso foi um espetáculo! Uma das melhores coisas de viajar com a Agrobravo é o networking. Em todas as viagens que fiz, sempre houve muita troca de ideia com pessoas inteligentes e boas no que fazem, isso proporciona uma rede de contatos muito valiosa. Posso afirmar que tive lucro em todas as viagens até agora. É uma empresa que tem alma e esse prazer em bem servir os clientes, é a marca registrada dela”, declarou. O diretor comercial também participou da Expedição China, outro roteiro técnico organizado pela AgroBravo.

Zeca Bortoli, um quatro fundadores do Grupo Bom Futuro, recebeu os participantes do roteiro e compartilhou um pouco da sua história de vida e de trabalho da família. “Quando a gente pensa em um grupo como o Bom Futuro, a primeira ideia que vem a cabeça é de que eles são inacessíveis, incomunicáveis, fechados. Mas, para a minha surpresa e do grupo que viajou, nós fomos recebidos de braços abertos. Os anfitriões responderam a todas as nossas perguntas E mostraram a sua fórmula de sucesso sem esconder nada”, admitiu Ruiz impressionado.


A viagem também incluiu um roteiro na Iguaçu Máquinas, concessionária John Deere, multinacional referência no conceito “Think Green”, do português “pense verde”. Toda a estrutura do local foi construída visando otimizar os recursos naturais e diminuir os impactos ambientais. A atenção para o cultivo da soja e do milho teve espaço na visita à Fazenda Buriti, que produz os dois grãos. A propriedade tem 1.085 hectares e está localizada em Chapada dos Guimarães, em Mato Grosso.

Já em Cuiabá, o grupo teve mais um momento de aprendizado, com apresentação do sócio-diretor da Agro Amazônia, Luiz Piccinin. A empresa foi responsável por impulsionar o agronegócio da região. A segunda palestra do dia foi com Pedro Valente, diretor geral da Amaggi Agro. Nos últimos 36 anos, a empresa diversificou e ampliou significativamente a produção agrícola com lavouras de milho e algodão, além de atuar no beneficiamento de semente.

O roteiro ainda incluiu uma parada na Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso do Sul (AproSoja), que conta hoje com mais de 5 mil associados e é a grande força representativa dos produtores rurais da região.

Para Luiz Gustavo Floss, diretor do Grupo Floss, conhecer a realidade de uma grande empresa agrícola e de um estado como o Mato Grosso revelou uma série de necessidades fundamentais para o sucesso de uma empresa e foi muito além do aprendizado técnico. “As viagens proporcionam o conhecimento das diferentes soluções já encontradas para determinadas situações em que, muitas vezes, pode ser uma ferramenta útil nas nossas propriedades. Além disso, quando escutamos alguma notícia, podemos filtrar e discutir a partir do momento que temos a real situação de cada local”, explicou.


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