Manejo biológico garante competitividade no mercado global
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Espécies de plantas que aumentam sua distribuição em regiões nativas também avançam como espécies naturalizadas em outras partes do mundo. É o que mostra um estudo baseados em dados de mais de 3.900 espécies vasculares em 10 regiões da Europa.
A pesquisa reuniu informações de períodos distintos — geralmente separados por décadas — e avaliou como a presença de cada espécie em diferentes células de grade (mapas de distribuição) evoluiu ao longo do tempo. Os cientistas calcularam um índice de mudança de ocupação e compararam esses dados com o sucesso de naturalização global, ou seja, o número de regiões do planeta onde essas espécies passaram a ocorrer fora de seus habitats originais.
Os resultados mostraram que, em nove das dez regiões estudadas, quanto maior o aumento de ocupação no local de origem, maior também o sucesso de naturalização em outras partes do mundo. A única exceção foi a região francesa de Thiérache, onde os dados disponíveis eram menos precisos e abrangentes.
Segundo os autores, a correlação entre expansão local e naturalização global indica que ambos os processos compartilham causas comuns, como adaptações a ambientes perturbados por atividades humanas. Espécies comuns, com ampla distribuição original, versatilidade ecológica e capacidade de autopolinizacão, tendem a se estabelecer e espalhar com mais facilidade quando introduzidas em novos ambientes.
O estudo também avaliou o papel de características como o tipo de crescimento. Espécies lenhosas, como árvores e arbustos, mostraram crescimento local positivo em seis das regiões analisadas, mas naturalizaram-se em menos locais no exterior. Já as herbáceas, geralmente mais adaptadas a ambientes com perturbações frequentes, espalharam-se com mais sucesso globalmente.
Além da ocupação inicial e da mudança ao longo do tempo, os pesquisadores destacam que espécies com alta competitividade, que preferem solos ricos em nutrientes, se destacam tanto no crescimento local quanto na capacidade de invasão global.
Outras informações em doi.org/10.1038/s41467-025-63293-6
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