Encontro no Chile mostra potencial de algas como bioestimulantes

Evento da Acadian e Syngenta apresentou avanços no uso do Ascophyllum nodosum em uva, abacate e cereja

08.09.2025 | 15:19 (UTC -3)
Mariana Tabatiano, edição Revista Cultivar

A Acadian Seaplants, em parceria com a Syngenta, promoveu no Chile um encontro técnico-científico para debater o uso da alga marinha Ascophyllum nodosum como bioestimulante. O evento reuniu cientistas, consultores e líderes do setor agrícola, consolidando-se como um espaço de integração entre pesquisa, inovação e mercado.

Durante a programação, realizada entre 25 e 27 de agosto em Santiago, Colchagua e Monticello, pesquisadores apresentaram resultados de estudos que comprovaram a eficácia dos extratos da Acadian em diferentes culturas, como uva de mesa, uva para vinho, abacate, cerejeira e nogueira, tanto em aplicações foliares quanto via solo.

Para Marcos Bettini, diretor de desenvolvimento de mercado da Acadian, o objetivo foi ampliar a cooperação técnica e fortalecer vínculos institucionais. “Queremos apoiar de forma mais próxima os profissionais que atuam diretamente com os produtores. Ao mesmo tempo, reafirmamos a ciência como diferencial competitivo no desenvolvimento de soluções agrícolas sustentáveis”, destacou.

Rodrigo García, gerente da Syngenta no Chile, reforçou a importância da parceria. “Compartilhar os avanços de pesquisa com agricultores, universidades e demais atores do setor é fundamental para que a inovação chegue ao campo”, afirmou.

A alga Ascophyllum nodosum, utilizada nos bioestimulantes da Acadian, cresce em zonas entre marés no Atlântico Norte, submetida a variações extremas de temperatura e salinidade. Essa condição de estresse natural favorece a produção de compostos bioativos que, quando aplicados às lavouras, contribuem para a saúde do solo e aumentam a resistência das plantas a fatores adversos.

Além de apresentações de cientistas chilenos como Alonso Pérez, Ignacio Jofré e Karen Sagredo, o evento contou com a presença de executivos internacionais da Acadian, entre eles Raúl Ugarte, diretor de sustentabilidade, e Holly Little, diretora de pesquisa.

Segundo Joaquín Sosa, chefe da Unidade de Negócios do Cone Sul da Acadian, encontros como este reforçam o compromisso da empresa com a agricultura regenerativa. “Este é o caminho: desenvolver soluções sustentáveis e estabelecer parcerias que compartilhem os mesmos objetivos”, concluiu.

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