Embrapa mostra potencial dos recursos genéticos como fonte de bioenergia em Belém do Pará

26.09.2012 | 20:59 (UTC -3)
Vivian Chies

Geração de energia a partir de espécies vegetais nativas do Brasil e com microrganismos são os temas que pesquisadores da Embrapa Agroenergia (Brasília/DF) estão debatendo no Congresso Brasileiro de Recursos Genéticos, que acontece durante toda esta semana, em Belém/PA. Na terça-feira (25), os pesquisadores Bruno Galveas Laviola e Simone Palma Favaro integraram as discussões da mesa-redonda “Recursos genéticos como fonte de bioenergia”. Na quinta-feira (27), Silvia Belém Gonçalves e João Ricardo Moreira Almeida integram o debate sobre microrganismos.

Laviola apresentou palestra sobre pré-melhoramento genético de matérias-primas potenciais para produção de biocombustíveis. A Embrapa Agroenergia e sua rede de parceiros atuam em pesquisas com espécies vegetais produtoras de óleo que ainda não estão domesticadas. Entre elas estão o pinhão-manso e as palmeiras nativas babaçu, inajá, macaúba e tucumã. Os pesquisadores estão formando bancos ativos de germoplasma que deem suporte a programa de melhoramento genético dessas culturas. Ao mesmo tempo, estão estudando sistema de produção que proporcionem rentabilidade para o produtor. O dendê é outra palmeira em estudo na Empresa.

A Unidade brasiliense da Embrapa também está investindo nos trabalhos para aproveitamento de coprodutos e resíduos de espécies nativas no contexto das biorrefinarias, tema que foi apresentado no congresso pela pesquisadora Simone Favaro. Os produtos da macaúba, por exemplo, podem dar origem a alimentos para animais, carvão vegetal e carvão ativado.

Na seção sobre microrganismos, Almeida enfocará a prospecção e o melhoramento de espécies para a produção de etanol lignocelulósico. A Embrapa Agroenergia tem buscado, em bancos ativos de germoplasma e em diferentes biomas brasileiros, fungos produtores de enzimas para pré-tratamento de biomassa e leveduras capazes de fermentar açúcares de cinco e seis átomos de carbono. Também está investindo no melhoramento genético clássico e nas técnicas de engenharia genética para obter microrganismos de elite a serem empregados na produção do etanol de segunda geração.

Na mesma mesa-redonda, Silvia apresentará uma visão geral da utilização de microrganismos na produção de biocombustíveis. Em sua palestra, ela tratará dos processos de geração do etanol, do biodiesel e do biogás.

Além da Agroenergia, diversas unidades da Embrapa estão participando do congresso, que é promovido pela Embrapa Amazônia Oriental e a Sociedade Brasileira de Recursos Genéticos. Mais informações estão disponíveis em:

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Divulgação

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