Emater/RS-Ascar apresenta as estimativas de perdas na citricultura no Vale do Caí

28.06.2012 | 20:59 (UTC -3)
Raquel Aguiar

As geadas ocorridas na segunda semana de junho causaram sérios prejuízos à citricultura do Vale do Caí. Segundo o Informativo Conjuntural, de acordo com as variedades, os números são os seguintes: bergamota-caí, com 50% das frutas por colher, perda de 60%; bergamota-ponkan, 70% das frutas por serem colhidas, perda de 30%; bergamota-pareci, com 95% das frutas por colher, perda de 85%, sendo esta a variedade de bergamota mais afetada; bergamota-montenegrina, totalmente por ser colhida, perda estimada até o momento de 50%, podendo ainda se verificar prejuízos na qualidade das frutas remanescentes, quando ocorrer a maturação; lima ácida tahiti, perda de 90% sobre a produção em ponto de colheita, com danos também sobre a floração, comprometendo as futuras colheitas. Esses índices podem aumentar nas próximas semanas.

Com as chuvas ocorridas em áreas importantes de plantio e a umidade mantendo-se em patamares favoráveis, a semeadura da safra 2012 de trigo pôde avançar de forma consistente durante o último período, alcançando nesta semana 66% do total previsto. Apesar do aumento de doze pontos percentuais em relação à semana passada, o índice atual demonstra que o plantio da safra de 2012 encontra-se atrasado em relação à média dos últimos anos. A temperatura, outro fator importante no processo de desenvolvimento da cultura, também se manteve em níveis satisfatórios, dando boas condições à sanidade das lavouras implantadas.

Concluídas nessa semana as últimas áreas a serem semeadas com canola na parte Norte do Estado. A lavoura encontra-se em fase de desenvolvimento vegetativo, com bom aspecto sanitário. As condições meteorológicas nesse último período estão favoráveis à cultura, havendo boa recuperação naquelas áreas prejudicadas pela estiagem e pelas geadas.

Na região das Missões, onde a lavoura de cana-de-açúcar ocupa uma área de aproximadamente 8 mil hectares, permanece a situação da semana anterior, afetada pelas fortes geadas que prejudicaram severamente os canaviais, cujo desenvolvimento já havia sido muito prejudicado pela estiagem. A colheita deverá ser acelerada, pois a geada tende a inverter a sacarose, prejudicando a qualidade da cana. A produtividade média deverá ficar em 32,5 t/ha, e o rendimento de etanol também deverá baixar para 50 litros/t.

Intensifica-se a colheita da safra 2011/12 da batata-doce, com bons rendimentos de lavouras e qualidade do produto bastante satisfatória. Barra do Ribeiro, município grande produtor com 400 hectares implantados, já contabiliza um terço da área colhido. O preço do produto na lavoura é de R$ 8,00 a caixa de 20 kg para as variedades da casca branca. Já para as variedades de casca rosa/roxa é de R$ 10,00.

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Passo Fundo, após as fortes geadas ocorridas, constatam-se danos de aproximadamente 60% nas folhosas, principalmente alface, rúcula e chicória produzidas a campo aberto. Esse quadro reverte-se rapidamente porque os agricultores já replantaram as folhosas danificadas pela geada.

As últimas chuvas que ocorreram no período, na maioria das regiões do Estado, propiciaram as condições necessárias para a retomada do desenvolvimento vegetativo das pastagens anuais de inverno implantadas no fim do verão e na entrada do outono. Nessas áreas, as plantas estão rebrotando normalmente, apesar da estiagem prolongada. Por outro lado, nas áreas implantadas mais tardiamente entre os meses de maio e junho, as lavouras apresentam boa germinação e desenvolvimento inicial devido à maior disponibilidade de água, ocorrência de dias ensolarados e temperaturas diurnas mais altas. Em relação ao desenvolvimento dos campos nativos, devido à ocorrência de fortes geadas, principalmente na fronteira oeste entre outros locais de maior altitude, provocaram o crestamento das plantas e consequente a redução do seu valor nutritivo, causando perda de peso dos rebanhos, especialmente bovinos criados unicamente sob campos nativos.

As colheitas de mel nas diferentes regiões produtoras do Estado foram inferiores à expectativa, com quebra significativa na produtividade na maioria das regiões, principalmente naquelas localizadas mais ao Sul. Neste período, as atividades dos apicultores são os cuidados com as colmeias contra o frio e a falta de alimentos (néctar e pólen) para as abelhas. No período, o mel manteve a mesma cotação da semana anterior, com preço oscilando entre R$ 4,00/kg e R$ 8,00/kg para mel a granel, variando de R$ 6,00/kg a R$ 13,00/kg para o mel embalado.

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