Vazio sanitário começa dia 15, em Mato Grosso
Desacato ao prazo proibitivo pode acarretar em multas de 30 Unidades Padrão Fiscal (UPF’s-MT) mais duas UPFs por hectare de planta não eliminada
A Embrapa participou, no fim de maio, da VI Reunião Paranaense de Ciência do Solo (RPCS), em Ponta Grossa (PR), com palestra do pesquisador Ederson Jesus falando sobre coinoculação de rizobactérias e seu efeito sobre o desenvolvimento e a produtividade do feijão. “Coinoculação nada mais é do que o sinergismo de dois ou mais microrganismos para beneficiar o crescimento e desenvolvimento da planta”, explica Ederson.
O pesquisador pontua que a diferença da coinoculação para a inoculação está justamente na quantidade de fungos ou bactérias utilizadas para promover fixação biológica de nitrogênio (FBN) no solo. “Utilizar mais de uma rizobactéria garante que ambas tragam vantagens para a planta. Estudos já comprovaram que a prática é muito benéfica para leguminosas como o feijão, por exemplo”, completa.
Ao contrário de pesquisas anteriores, que analisavam a sinergia das bactérias Azospirillum e Rhizobium na coinoculação do feijão, a pesquisa de Ederson trabalha com o Bradyrhizobium no lugar da Azospirillum, avaliando a viabilidade da associação das duas bactérias para promover FBN. Os estudos já passaram pela fase laboratorial e agora seguem para experimentação em campo. “Os testes feitos em laboratório comprovaram que há benefícios, mas ainda há muito o que ser validado nos testes em campo”, conta o pesquisador. Os experimentos práticos estão sendo feitos na Embrapa Agrobiologia (RJ), na Embrapa Cerrados (DF) e na Universidade do Estado da Bahia (Uneb).
Ederson destaca que a importância do tema abordado na reunião se dá pela urgência de pensar técnicas e estratégias de produção agroecológica para substituir modelos de produção que impactam negativamente o meio ambiente. Segundo ele, a coinoculação destaca-se por ser uma prática que, além de garantir boa produtividade, não prejudica o meio ambiente em que é aplicada. Seu uso reduz o aporte de fertilizantes químicos, particularmente os nitrogenados, reduzindo o gasto com insumos.
Organizada pela Universidade Estadual de Ponta Grossa, em parceria com o Núcleo Estadual Paraná da Sociedade Brasileira de Ciência do Solo, a RPCS teve como temática Os desafios da produção agropecuária com baixo impacto ambiental. Ao todo, participaram mais de 450 visitantes de todo o País, em sua maioria discentes de graduação e pós-graduação na área de Ciências Agrárias, além de docentes, pesquisadores, técnicos, representantes e empresários do setor agropecuário.
A coinoculação é uma tecnologia que respeita as demandas de altos rendimentos, mas com sustentabilidade agrícola, econômica, social e ambiental. A tecnologia tem uma série de benefícios, como aumento da área radicular, o que possibilita maior aproveitamento dos fertilizantes e favorece a planta em situações de estresse hídrico e incremento da produtividade pela maior capacidade de absorção de nutrientes e água. Consequentemente, observa-se maior vigor das plantas e equilíbrio nutricional, pelo melhor aproveitamento dos nutrientes do solo e dos fertilizantes.
Receba por e-mail as últimas notícias sobre agricultura
Receba por e-mail as últimas notícias sobre agricultura