Audiência pública debate impactos de políticas de propriedade industrial no agronegócio
O tema foi debatido em audiência pública no Senado Federal na quinta (13)
Muitos citricultores questionam se o monitoramento do psilídeo é realmente necessário quando o controle rigoroso contra o inseto é seguido. A resposta é sim, é fundamental monitorar o psilídeo mesmo com aplicações frequentes para conhecer a real situação da propriedade. “As armadilhas são como um termômetro, através delas é possível medir o número de psilídeos que chegam à propriedade”, compara o pesquisador do Fundecitrus Marcelo Miranda. “Se o número for alto, o citricultor precisa aumentar a frequência das aplicações internas e/ou realizar ações externas de combate ao greening para diminuir a migração do inseto”, diz.
É recomendado definir um raio de atuação para as ações externas entre três e cinco quilômetros ao redor da fazenda. O primeiro passo é fazer um mapeamento dessa área, identificando pomares abandonados ou mal manejados e plantas de citros ou murtas em chácaras e quintais. Em seguida, deve-se adotar a melhor estratégia para cada caso: propor a troca de árvores de citros por outras frutíferas, realizar a pulverização de plantas vizinhas e/ou realizar a liberação de Tamarixia radiata, inimigo natural do psilídeo.
Miranda alerta ainda que citricultores que não realizam o monitoramento podem se surpreender com a incidência de greening em seus pomares aumentando consideravelmente de um ano para outro. “Os sintomas da doença demoram de seis meses a um ano para se manifestar, e quando não se tem dados sobre a população de psilídeos não é possível mensurar os riscos”, explica.
O monitoramento do psilídeo, que envolve a troca quinzenal e o trabalho de leitores de armadilhas, representa apenas 5% do custo total com o controle do greening.
Receba por e-mail as últimas notícias sobre agricultura
Receba por e-mail as últimas notícias sobre agricultura