Chuva ameniza queimadas e impulsiona atividades agrícolas no Paraná

Precipitações recentes reduziram queimadas e impulsionaram a colheita de batata e mandioca; plantio de soja e milho avança com boas condições de umidade no solo

24.09.2024 | 14:44 (UTC -3)
Fonte: Deral
Fonte: Deral

A chuva registrada no Paraná nas últimas semanas trouxe alívio para as atividades agrícolas, ao reduzir a incidência de queimadas e permitir o avanço de diversas colheitas e plantios no estado. O Departamento de Economia Rural (Deral) indica que a precipitação foi crucial para o andamento de culturas como batata, mandioca e feijão. As lavouras de soja e milho também se beneficiaram da melhora na umidade do solo.

A 2ª safra de batata está em fase de colheita e comercialização, com os números dentro do estimado, reforçando a estabilidade na produção. A previsão é de aumento de área plantada para a próxima safra. A mandioca também apresenta bom desenvolvimento, com as chuvas facilitando tanto a colheita quanto o plantio das novas áreas para o próximo ciclo.

Por outro lado, a colheita da cana-de-açúcar evoluiu rapidamente, impulsionada pela baixa ocorrência de chuvas nos meses anteriores. Isso favoreceu tanto o ritmo da colheita quanto o plantio subsequente. O clima seco das últimas semanas foi propício para o avanço das operações no campo.

A cultura do trigo segue enfrentando desafios. O controle de doenças, especialmente da ferrugem, está sendo intensificado nas áreas mais tardias. Mesmo assim, as produtividades estão abaixo do esperado. As geadas registradas nas semanas anteriores causaram impacto nas lavouras, e a expectativa é de que as produtividades sejam ainda menores quando as colheitas chegarem às áreas mais afetadas. A qualidade do produto também deve cair conforme a colheita avança.

A cevada está em fase inicial de colheita, com tratos culturais ainda em andamento. Embora parte das lavouras apresente boas condições, as produtividades estão aquém do esperado.

No caso dos hortigranjeiros, as geadas afetaram as plantações de brócolis e couve-flor, mesmo com as proteções de cobertura em TNT. Houve perdas, com redução de tamanho e qualidade dos produtos, o que resultou em uma alta nos preços.

O plantio de arroz irrigado segue conforme o previsto, sem grandes surpresas no andamento da cultura. Já o feijão, que estava com o plantio atrasado, teve sua semeadura intensificada após as chuvas. O retorno da umidade ajudou na germinação, e o cenário de preços mais altos vem estimulando um número maior de produtores a optarem por essa cultura, em detrimento do milho. Contudo, a alta demanda por sementes de feijão, especialmente da variedade preta, gerou um alerta sobre a possível falta de sementes de qualidade.

Em relação ao milho, a semeadura está praticamente concluída em várias regiões, aproveitando as boas condições de umidade do solo. A germinação das lavouras instaladas está ocorrendo de forma satisfatória. No campo, os agricultores têm prestado atenção ao controle das cigarrinhas, praga que afeta essa cultura, e optado por híbridos menos suscetíveis a perdas por enfezamento, ainda que tenham um teto produtivo ligeiramente inferior.

A soja também começou a ser plantada ou teve seu plantio intensificado em algumas regiões, enquanto em outras o cultivo deve se acelerar após a colheita do trigo. O fim do vazio sanitário no Paraná permite que o plantio se desenvolva sem maiores entraves.

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